A fábrica brasileira Embraer, que é o terceiro maior construtor de jatos comerciais do mundo, depois da Airbus e da Boeing, está incluída no pacote de resgate financeiro que o Governo do Brasil está a discutir com as companhias aéreas e outras empresas que têm a sua atividade dependente do sector e que se encontram em situação de grande dificuldades, devido à pandemia de covid-19.
A agência noticiosa internacional ‘Reuters’, que se dedica especialmente aos mercados financeiros e económicos, aponta neste domingo, dia 31 de maio, que a Embraer pretende obter 600 milhões de dólares em linhas de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES) e de outros bancos privados. O Governo de Brasília está a negociar com essas instituições financeiras um pacote para resgate da atividade da aviação comercial, com destaque para as companhias aéreas nacionais, todas com grande dificuldades para assegurarem o seu futuro, após a paragem forçada determinada pelas medidas de confinamento impostas pela pandemia.
No caso da Embraer, “os empréstimos financiarão a produção para atender à demanda por aviões de passageiros e jatos executivos”, disseram fontes da empresa à ‘Reuters’, sob a condição de não serem identificados.
Um porta-voz da Embraer confirmou que a empresa está negociando propostas de financiamento do BNDES e de bancos privados no Brasil e no exterior com o objetivo principalmente de manter o fluxo de tesouraria e para cobrir as exportações de aviões.
As negociações vão continuar em junho, e as decisões têm de ser tomadas com algumas urgência, já que cada dia que passa é adiar o problema e aumentar custos e prejuízos. O Governo Brasileiro já afirmou que pretende ter essa solução pronta e ativa no próximo mês de julho, quando os voos regulares tiverem recuperado o seu planeamento anterior a março deste ano e o mercado esteja próximo da normalidade.