O plano de desenvolvimento da aviação regional no Brasil, anunciado pelo Governo, deve gerar novos pedidos de aviões para a Embraer, se for aprovado no Congresso Nacional como foi apresentado pelo Executivo, indicou o diretor-presidente da construtora brasileira, Frederico Curado. “Haverá um efeito cascata”, disse, lembrando que o plano prevê um subsídio que permitirá a incorporação na malha aérea brasileira de mais de 100 cidades que hoje não têm acesso a serviço transporte aéreo.
“Isso vai estimular demanda por novas aeronaves e aeronaves menores”, acrescentou o executivo em declarações que foram hoje veiculadas pela agência noticiosa ‘Estadão’. Confirmou ainda que a Embraer tem mantido discussões não apenas com a Azul, que já anunciou uma carta de intenções para a compra de 20 jatos, como também com a TAM e a Gol. Curado avaliou, porém, que haverá competição. “Não há proteção para os nossos aviões (prevista no plano). As fábricas da Bombardier [no Canadá] e também a do ATR [esta na Europa, hoje ligada à EADS e à Airbus], este uma avião que é amplamente usado no Brasil, poderão ser beneficiadas. Vamos trabalhar forte para evitar isso”, afirmou.
O plano de aviação regional está em discussão no Congresso. Segundo Curado, um relatório foi divulgado nesta quarta-feira, 6, pela comissão especial, com alterações na proposta em relação à apresentada pelo Executivo. Com isso, a votação foi adiada para quinta-feira da próxima semana, dia 13 de Novembro. “Esperamos que o Congresso não distorça o projeto”, disse.