A Embraer confirmou, através do seu vice-presidente de Marketing da divisão de aeronaves comerciais, Rodrigo Silva e Souza, que várias unidades dos primeiros modelos E190-E2 a saírem das suas instalações de São José de Campos, no Estado de São Paulo, precisarão de um upgrade devido aos problemas de durabilidade dos motores Pratt & Whitney PW1900G.
Rodrigo Silva e Souza afirmou numa conferência de imprensa, realizada recentemente no São Aeronáutico de Singapura, que um número ainda não determinado de aeronaves E-190-E2 terão nas suas motorizações o modelo de configuração de combustão B, que tem uma vida inferior à estimada.
De acordo com o responsável, não é possível ainda determinar com exatidão o número de aeronaves afetadas que poderá chegar até cerca de 10% das que serão fabricadas em 2018.
Respondendo a questões dos jornalistas em que sugeriam que sete a oito aeronaves poderiam ser afetadas, Rodrigo Silva e Souza mostrou-se otimista e apontou para expectativa inferior.
As aeronaves precisarão de fazer um upgrade “C Standard” efetuado pelos técnicos da Pratt & Whitney que retificará os problemas documentados com os combustores que provocam um desgaste acentuado, afetando a longevidade e fiabilidade de algumas peças do conjunto.
A terceira maior construtora aeronáutica do mundo não está sozinha nesta saga de problemas dos novos ‘Pure Power’. A Airbus e Bombardier já viram alguns retrocessos nas suas linhas de produção, e em aeronaves entregues, nomeadamente com os versões de motor PW1100G e PW1500G, que equipam os novíssimos A320neo e CSeries.
A Widerøe, maior companhia aérea regional da Escandinávia, será a primeira a receber o novo avião E190-E2, já no próximo mês de Abril, antes do primeiro voo comercial agendado para o dia 24 de Abril de 2018. O modelo será o primeiro integrante da gama E-Jets E2, segunda geração da família de E-Jets de aviões comerciais. A Embraer conta entregar aeronaves semelhantes à Air Astana e à GX Airlines, da China, ainda durante 2018.
A Embraer é líder mundial no fabrico de jatos comerciais com capacidade até 150 assentos. A companhia conta com 100 clientes em todo o mundo operando os jatos das famílias ERJ e E-Jets. Apenas para o programa de E-Jets, a Embraer registou mais de 1.800 pedidos firmes e 1.400 entregas, redefinindo o conceito tradicional de aeronaves regionais por meio da operação numa vasta gama de aplicações de negócios.