Emirates explica como os seus pilotos reduzem o consumo de combustível e as emissões durante as operações

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A prática de voar de maneira mais consciente, com foco na minimização do consumo de combustível e das emissões começa no cockpit. A Emirates iniciou a implementação dos “Procedimentos Operacionais Verdes” (‘Green Ops’) (*) em 2016, adotando uma abordagem abrangente que identifica oportunidades para reduzir o uso de combustível, tanto em terra como durante os voos. Além disso, a companhia aérea tem providenciado aos pilotos as ferramentas necessárias para gerir os seus voos da forma mais eficiente possível, incluindo capacitação, sensibilização, análise de dados e utilização de tecnologia.

Liderada por um Grupo de Direção de Eficiência Operacional multifuncional interno, a companhia aérea visa reduzir a queima desnecessária de combustível e as emissões sempre que possível, mantendo os mais altos padrões de segurança adotados pela Emirates. No último ano fiscal de 2023-2024, as “Operações Verdes” e outras iniciativas operacionais contribuíram para uma redução de mais de 48.000 toneladas na queima de combustível e de mais de 151.000 toneladas nas emissões de carbono. 

O comandante de linha aérea Hassan Al Hammadi, vice-presidente sénior de Operações de Voo da Emirates, afirma: “Estamos orgulhosos do trabalho realizado por toda a equipa de Operações de Voo e das contribuições dos nossos pilotos na redução significativa do consumo de combustível e das emissões. Tal só foi possível graças à disciplina coletiva, ao empenho e à dedicação às práticas de aviação sustentáveis no cockpit, mantendo sempre os mais elevados níveis de segurança. Disponibilizámos aos nossos pilotos as mais recentes ferramentas e aplicações para monitorizar e analisar o seu desempenho durante o voo, ajudando-os a melhorar a sua consciência sobre como as suas técnicas de voo impactam o consumo de combustível e as emissões. Continuaremos a investir em tecnologias de excelência e a acelerar soluções que promovam benefícios ambientais a longo prazo.”

Aqui estão algumas das principais medidas operacionais adotadas no ar e em terra durante cada voo da Emirates, sempre que operacionalmente viável, para reduzir o consumo desnecessário de combustível e as emissões:

Combustível extra discricionário

O piloto tem a responsabilidade final de assegurar que cada voo levanta com uma quantidade adequada de combustível para operações seguras. Dependendo da avaliação das circunstâncias operacionais vigentes, o piloto pode optar por incluir combustível extra para além do mínimo estipulado pelas normas regulamentares. Esta iniciativa tem por objetivo incentivar o piloto a solicitar combustível adicional com base numa avaliação bem fundamentada e necessidades operacionais legítimas. O objetivo é fornecer aos comandantes dados e análises relevantes, auxiliando-os na tomada de decisões mais informadas e precisas relativamente ao abastecimento de combustível adicional. Com esta abordagem, observou-se uma significativa redução no abastecimento de combustível extra discricionário.

Otimização da velocidade de voo

A velocidade de um avião tem impacto direto no consumo de combustível e nas emissões. Para calcular com precisão a velocidade ideal para um voo, são considerados diversos fatores com base num cálculo detalhado, visando minimizar os custos operacionais totais e garantir o cumprimento dos horários de partida e chegada. Dependendo das condições de operação vigentes, os pilotos podem ter a oportunidade de ajustar a velocidade para reduzir o consumo de combustível sem comprometer a pontualidade do voo. Esta gestão da velocidade a bordo é parte integrante de todos os Procedimentos Operacionais Padrão (SOPs) dos pilotos da Emirates.

Aterragem com configuração de flaps reduzida

Os aviões têm a capacidade de aterrar através de uma variedade de configurações de flaps, os dispositivos localizados nas asas dos aparelhos que permitem a descolagem. Os pilotos da Emirates avaliam cuidadosamente e selecionam a configuração de flaps que minimiza a resistência aerodinâmica, reduzindo assim o consumo de combustível. Esta decisão é tomada sem comprometer a segurança e é adaptada às diferentes condições da pista de aterragem.

Impulso invertido em marcha lenta

Após a aterragem do avião, os pilotos têm a possibilidade de utilizar diferentes níveis de inversão de impulso, os quais permitem um estímulo reverso para desacelerar o avião. Com base nas condições em causa e no comprimento da pista, os pilotos da Emirates darão prioridade à utilização da inversão de impulso em marcha lenta para reduzir o consumo de combustível. 

Taxi-in com motor reduzido (RETI)

Durante a rolagem no solo após a aterragem, os aviões não necessitam da potência de todos os motores. Os pilotos da Emirates tem muitas formas para realizarem essa rolagem no solo com motor reduzido após a aterragem, desligando um ou dois motores (dependendo da configuração do motor do avião). Esta prática é implementada sem comprometer a segurança ou a eficiência operacional. Desde a sua introdução, a utilização do RETI aumentou quase sete vezes. 

Rotas de voo otimizadas

Pioneira na adoção de eficiências no planeamento de voos, a Emirates tem utilizado rotas de voo flexíveis desde 2003.

Trabalhando diretamente com o controlo de tráfego aéreo e com outros organismos da indústria em toda a sua rede, a companhia aérea esforça-se para otimizar cada rota percorrida entre cidades. A otimização das rotas permite à Emirates transportar e utilizar menos combustível nos voos, resultando numa redução das emissões. Tal também significa poupança de tempo para os passageiros.

Tecnologia e Inovação – Flight Pulse

A Emirates introduziu o FlightPulse – desenvolvido em colaboração com a GE Digital Aviation Services –, uma ferramenta analítica de dados self-service acessível a todos os seus pilotos, incorporando elementos cruciais de dados operacionais e analíticos relativos à segurança e ao desempenho da eficiência de combustível de cada voo. Esta ferramenta transformou significativamente a monitorização dos dados das operações de voo.  

O lançamento do FlightPulse promoveu uma melhor colaboração entre a gestão das operações de voo e a comunidade de pilotos da Emirates, aumentando a segurança e a eficiência dos voos. Esta iniciativa demonstra o empenho da companhia aérea na inovação da indústria através da adoção de tecnologia para melhorar a eficiência do combustível.

Otimização do centro de gravidade

O centro de gravidade (CG) de um avião influencia significativamente a segurança e a eficiência de um voo. Carregar o avião de acordo com o centro de gravidade otimizado garante o peso e o equilíbrio adequados, aumentando a sua eficiência aerodinâmica e economizando combustível. A Emirates tem uma política rigorosa de carregar os aviões de forma a aproximá-los o máximo possível da linha de compensação ideal para minimizar o consumo de combustível.

Utilização da unidade de energia auxiliar (APU)

Uma das formas que a Emirates encontrou para reduzir o consumo de combustível em terra é minimizar o uso da unidade de energia auxiliar (APU) do avião, optando pela utilização da unidade de energia elétrica em terra (GPU) para reduzir as emissões. Desde a introdução desta iniciativa, a utilização da APU foi reduzida em mais de 30%.

Ajuste no abastecimento de água potável

A Emirates utiliza um método científico rigoroso para calcular a quantidade necessária de água potável para cada voo, de modo a reduzir o peso do avião e tornar o abastecimento de combustível mais eficiente. Cada voo transporta a quantidade necessária de água potável, sem comprometer o conforto dos passageiros.

(*) Procedimentos Operacionais Verdes” (‘Green Ops’)* é um termo utilizado a nível interno pelo sector de operações de voo e pelos pilotos da Emirates como parte de um programa que incorpora uma série de medidas para reduzir o consumo de combustível e as emissões de carbono.

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