A Ethiopian Airlines não suspendeu os seus voos regulares para cidades da China devido ao surto de coronavírus (agora denominado COVID19), nem, por enquanto, pretende tomar essa decisão, anunciou o presidente executivo da companhia aérea africana, citado pela agência ‘Ecofin’.
Tewolde Gebremariam, presidente executivo da Ethiopian, presentemente a maior organização de aviação comercial e formação de profissionais para o setor na África, explicou numa conferência de imprensa a tomada de posição: “Como a Organização Mundial da Saúde [OMS] deixou claro, a suspensão de voos para a China não acabaria com a epidemia de coronavírus, já que as vítimas do vírus estão em outros países”.
Para Tewolde Gebremariam a suspensão dos voos para a China não é uma garantia absoluta para impedir a propagação do vírus em solo etíope. “Através da Star Alliance, temos acordos de code share e de interline […] se pararmos de voar para a China, continuaremos transportando passageiros para a Coreia, Filipinas, Japão, Malásia, Indonésia e na Tailândia, vindos da China “, afirma o responsável pela Ethiopian.
A Ethiopian Airlines realiza voos regulares para a China desde 1972. A companhia aérea voa uma média de 4.000 chineses entre a China e a África diariamente. Atualmente, tem voos regulares para Pequim, Xangai, Hong Kong, Guangzhou e Chengdu.
“Não devemos isolar a China. Não devemos marginalizar passageiros chineses. O que precisamos fazer é rastrear os passageiros de acordo com as diretrizes da OMS “, afirmou.
Atualmente, as companhias aéreas africanas, EgyptAir, Royal Air Maroc, Kenya Airways, RwandAir, Air Mauritius, Air Madagascar e Air Algérie, têm voos suspensos para a China. A Ethiopian Airlines continua seus vôos, mas reduziu suas frequências de 7 para 5 vôos semanais para Pequim, Guangzhou e Xangai, e de 4 para 2 para Chengdu.
“A China tem uma sólida relação de comércio e investimento com a África. E a Ethiopian Airlines é a principal transportadora que liga a China a muitos países africanos. Se pararmos os voos para a China, romperemos esse relacionamento”, explicou Tewolde Gebremariam.