A Etihad Airways mantém o interesse na aquisição da companhia aérea italiana Alitalia. Ontem, em Roma, James Hogan, presidente executivo da companhia árabe, teve uma audiência com o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, em que essa situação foi analisada, segundo as notícias veiculadas nesta manhã pela imprensa de Itália.
O acordo entre as duas companhias aéreas, segundo o “La Repubblica”, poderá incluir uma reestruturação da dívida da Alitalia, a aposta em novas infra-estruturas, como a ligação do Aeroporto de Fiumicino, em Roma, ao comboio de alta velocidade, e o aumento dos voos intercontinentais.
Este negócio tem sido contestado pelos sindicatos e pela Lufthansa. Do lado dos sindicatos, receia-se um processo de reestruturação que poderá afectar até 3.100 funcionários da companhia italiana, apesar de o ministro dos Transportes, Maurizio Lupi, já ter descartado essa possibilidade. Do lado da Lufthansa, a companhia alemã solicitou a intervenção da União Europeia para bloquear a operação, com o argumento de que a Alitalia foi ajudada pelo Estado italiano. Nos últimos cinco anos, a Alitalia acumulou prejuízos superiores a 1,1 mil milhões de euros. A Comissão Europeia informou, na altura, que não tem competência para intervir no negócio porque a Etihad Airways tem sede num país não comunitário.
A Etihad Airways, considerada como uma das melhores companhias aéreas do mundo, nomeadamente pela qualidade do serviço que presta aos seus passageiros a bordo, tem sede e base no Aeroporto Internacional do Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. Tem uma frota de cerca de 90 aviões, entre Airbus e Boeing. Realiza cerca de 1.000 voos por semana para cerca de uma centena de aeroportos em todo o mundo. Nos últimos anos adquiriu participações em várias companhias aéreas como a Air Berlin, Air Seychelles, Era Lingus, Virgin Australia, Air Serbia e Jet Airways India.