A companhia aérea portuguesa Euro Atlantic Airways (EAA) que se dedica maioritariamente ao negócio de aluguer de aviões de passageiros e de carga em regime de ACMI (com tripulação, manutenção e seguros incluídos) anunciou nesta quarta-feira, dia 6 de julho, em Lisboa, que no seu exercício de 2015 obteve um resultado bruto (EBTIDA) antes de impostos de cerca de nove milhões de euros, o que lhe permitiu um lucro líquido de 7,2 milhões de euros.
Os números constam do Relatório de Gestão da companhia, em cujas contas se verifica um crescimento de 42% face a 2014 depois de 2013 para 2014 ter registado um crescimento de mais 36% resultantes dos bons desempenhos operacionais, financeiros e comerciais, em particular neste último ano de referência para a economia portuguesa, com o PIB nacional aumentou 1,5 por cento.
A EAA exportou em serviços cerca de 92% das horas voadas em 2015 no mesmo exercício em que estabilizou a implementação de voos regulares para a Guiné-Bissau.
A companhia portuguesa, que já estava nos voos regulares através da sua integração no capital da STP Airways (transportadora aérea da República de São Tomé e Príncipe) em 2008, começou a voar com o seu próprio código e responsabilidade entre Lisboa e a Guiné-Bissau, um negócio que resultou de um acordo com o Governo da ex-colónia portuguesa, para onde a Euro Atlantic é a única companhia a voar da Europa, depois da retirada da TAP em dezembro de 2013.
O fundador e presidente do Conselho de Administração da empresa refere em nota de imprensa que “para a EAA o último ano fiscal foi excelente”. A propósito do reequipamento da frota da companhia, Tomaz Metello diz que face ao aumento de procura no tráfego mundial de passageiros, a Euro Atlantic tomou a decisão estratégica de responder a esta procura, e opera presentemente 11 aviões diferentes, todos da Boeing. “Foi renovada parte da frota wide body (três B767-300ER) e o quadro de trabalhadores da companhia passou para 442 colaboradores, altamente qualificados, contra os 380 do ano homólogo”, destaca o presidente da EAA.
Ainda no que se refere à frota, Tomaz Metello recorda que “no último ano ainda tomámos outras decisões estratégicas para o futuro da companhia: acordámos com a empresa locadora de três dos nossos equipamentos a renovação integral do interior das cabinas de três B767-300ER (pelo valor de 15 milhões de euros), instalámos novas cadeiras e nova oferta de entretimento a bordo, com o mais avançado software disponível no mercado. Os nossos futuros passageiros da Classe Executiva vão dispor de poltronas que se convertem em camas com massagem em voo”.
A Euro Atlantic Airways foi fundada por Tomaz Metello e por Dionísio Pestana (Grupo Pestana) no ano de 2000, na sequência do projeto Air Zarco/Air Madeira criado em 1993. Desde então dedica-se ao segmento de aluguer de aviões a outras companhias aéreas e a organizações internacionais para transporte de passageiros em missões especiais. Detém o recorde mundial de ter escalado 546 aeroportos em 164 países, num total dos 194 estados conhecidos (83%).
A frota atual da EAA, segundo informação da companhia, é constituída por nove aeronaves, todas com registo e matrícula na República Portuguesa: um Boeing B777-200ER, seis Boeing 767-300ER de passageiros, um B767-ER BDSF (cargueiro) e um Boeing 737-800. A EAA é a maior acionista da STP Airways, detendo a gestão da companhia aérea de bandeira de São Tomé e Príncipe