A Euro Atlantic Airways (EAA), a única companhia portuguesa a operar voos organizados para a peregrinação anual do Hajj, iniciou o repatriamento dos peregrinos aos seus países de origem.
Os aviões da EAA, refere uma nota distribuída pela empresa esta semana em Lisboa, possuem autorização permanente das autoridades da Arábia Saudita, para transportar passageiros de Jidá, na costa do Mar Vermelho, relançaram nos últimos dias, uma operação com características ‘ponte aérea’ a partir do Aeroporto Internacional de Rei Abdulaziz, que dispõe de um terminal exclusivo para voos de peregrinos.
A Operação do Hajj da Euro Atlantic conta com aviões wide body da frota da companhia portuguesa e cerca de 200 profissionais, entre tripulações técnicas e de cabina, coordenadores de missão, técnicos de engenharia e manutenção. Tomaz Metello, presidente do Conselho de Administração da empresa, refere que este ano os fretadores voltaram a ser companhias aéreas de origem muçulmana que tradicionalmente recorrem à oferta de serviços da EAA.
“Estamos agora em plena fase de repatriamento de peregrinos para os países de origem, como Nigéria, Guiné-Bissau, Índia, Indonésia ou Malásia”, diz Tomaz Metello que adianta que “o Hajj soma 70 dias de operação para a EAA, previmos atingir os 360 voos e transportar 110 mil peregrinos. Porque temos a preocupação de valorizar as relações e afectos com os nossos passageiros, no caso, incluímos nas nossas tripulações de cabina, pessoal navegante de origem muçulmana”.
A Euro Atlantic abre regularmente cursos na Índia, Tunísia e Nigéria, uma prática que serve os objectivos da empresa, já que os voos da operação anual do Hajj representa uma cota de 35% a 40% das receitas anuais da companhia. A Peregrinação do Hajj é um dos cinco pilares do Islão, que deve ser feita pelos crentes pelo menos uma vez na vida.
A Euro Atlantic airways exporta serviços para o Hajj há mais de uma década, um know-how herdado dos primeiros acordos celebrados entre companhias portuguesas e sauditas. Este ano celebram-se 40 anos da primeira assinatura deste tipo de contractos de prestações de serviços, foi em Paris, em 1976, numa altura em que o fundador e actual presidente da EAA, era diretor comercial da TAP Air Portugal para a França e países limítrofes da Europa Central, “um negócio que juntou a transportadora de bandeira nacional a um clube restrito de grandes companhias aéreas, com acesso a um mercado altamente competitivo, cujos benefícios já há quarenta anos ascendiam a bilhões de dólares”, refere o comunicado da companhia.