A Base Aérea do Montijo, na margem sul do Rio Tejo, nos arredores da cidade de Lisboa, é a única “opção tecnicamente viável” para aumentar a capacidade aeroportuária da capital portuguesa. A conclusão consta de um estudo realizado pelo Eurocontrol – organização europeia para o controlo aéreo europeu – que será apresentado nesta terça-feira, dia 20 de dezembro, ao grupo de trabalho que inclui governo, Força Aérea, ANA e NAV e que tem vindo a pensar a solução para o futuro do principal ponto de chegada ao país.
O documento, a que o ‘Diário de Notícias/Dinheiro Vivo’ teve acesso, valida assim a Base Aérea n.º 6 (BA6) como a melhor solução para complementar o aeroporto de Lisboa enquanto este se mantiver como está. Ou seja, enquanto não for construída uma infraestrutura aérea de raiz que sirva a capital, o Montijo é para o Eurocontrol a opção que garante os 72 movimentos de aviões por hora que permitem dar sustentabilidade ao crescimento do tráfego em “segurança e operação simultânea” com a Portela.
Com esta abertura prevê-se que em 2022 Lisboa possa ter já 695 movimentos diários na pista principal e outros 102 no Montijo. Oito anos mais tarde, o crescimento previsto é de 18% na Portela e 15% no Montijo. Este cenário desenhado pelo Eurocontrol baseia-se numa opção em que a pista 17/35 (a pista secundária da Portela) é encerrada e o Montijo passa a assegurar a complementaridade da Portela. Ali, prevê-se a entrada das companhias aéreas de baixo custo, libertando espaço ao aeroporto principal para as companhias tradicionais (legacy) e favorecendo o hub a que a TAP tanto ambiciona. No espaço da 17/35 poderá ser construído um miniterminal ou pode alargar-se o estacionamento de aeronaves, escreve nesta terça-feira, dia 20 de dezembro, o jornal português.
O facto de o Montijo conseguir operar em simultâneo com a pista principal da Portela é, para os controladores europeus, a grande vantagem do Montijo e a razão que afasta outras soluções que têm estado em cima da mesa: Alverca e Sintra. Isto, porque a base aérea do Montijo é a única que tem uma pista paralela com a 3/21, a pista principal do aeroporto de Lisboa. Os testes realizados pelo Eurocontrol mostram mesmo que a base do Montijo permite a autorização de descolagens com um minuto de intervalo entre si, o que facilita a otimização de saídas e chegadas. Neste cenário, seria possível que o aeroporto principal realizasse 48 movimentos e o complementar outros 24, por hora.
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