Monwabisi Kalawe que tinha sido nomeado em Junho de 2013 presidente executivo (CEO) da South African Airways (SAA) e que tinha sido suspenso em Novembro de 2014, chegou a acordo com a companhia aérea sul-africana, tendo se demitido de todas as funções que exercia dado por terminado o seu vínculo laboral com a SAA.
O ex-CEO da SAA, um gestor com um currículo profissional muito interessante, com passagem por diversos cargos de responsabilidade em empresas de topo, privadas e públicas, foi nomeado para a SAA em Abril de 2003, assumindo funções no mês de Junho seguinte. Tinha como principal trabalho reestruturar a companhia aérea sul-africana que estava (e ainda está) numa situação financeira muito má, e implementar um plano traçado e apoiado pelo Governo da República da África do Sul, dona da companhia, para dentro de 12 anos a SAA estar a funcionar bem e sem dívidas.
No ano passado, em Novembro, depois de alguns desentendimentos entre a tutela governamental e Kalawe, este foi suspenso acusado de graves irregularidades durante o seu mandato. Foi nomeado para o seu lugar, o número dois da companhia, Nico Bezuidenhout que, segundo fontes do sector na África do Sul deverá ser nomeado nas próximas semanas para o lugar de demitido Monwabisi Kalawe.
O conflito ficou sanado na quinta-feira, dia 23 de Abril, com um acordo entre Kalawe e a SAA, em sede de Tribunal de Trabalho. O ex-CEO recebe uma indemnização de três salários e abandona a companhia, recebendo ainda mais três salários, para que essa saída ocorra imediatamente.
A SAA está empenhada num grande plano de reestruturação operacional e comercial que tem em vista abater o enorme défice que a companhia tem neste momento. Foi também feito um acordo com a Ethiad que poderá conhecer novas evoluções no futuro, admitindo-se a probabilidade da companhia árabe adquirir parte do capital da companhia aérea estatal sul-africana.