O Governo Português acredita que as propostas dos grupos liderados pelos empresários Gérman Efromovich e David Neeleman para a compra de 61% do capital do grupo TAP SGPS, S. A. podem ser melhoradas no decurso do processo negocial.
Fontes governamentais mostraram-se confiantes que a ‘disputa’ entre os dois grupos irá valorizar o negócio e as acções da TAP acabarão por ser vendidas por um preço superior ao que até agora tem sido referido, sem retirar nada ao que ambos os empresários oferecem, em termos de equipamentos ou de compromissos de expansão da companhia portuguesa e de manutenção do seu hub em Lisboa.
Ao fim e ao cabo, o Governo Português pretende vender a TAP mais cara e ficar com a certeza de que o adquirente irá cumprir todos os quesitos que constam do caderno de encargos e que obrigam o novo dono da maioria do capital do grupo aéreo lusitano.
“Nos termos do relatório elaborado pela ‘Parpública’, conclui-se fundamentalmente que as duas propostas apresentadas têm mérito equivalente, contendo atributos que permitem presumir que possam vir a ser melhoradas no decurso de um processo negocial”, lê-se na resolução aprovada ontem na resolução do Conselho de Ministros e publicada nesta sexta-feira, dia 25 de Maio, no ‘Diário da República’, boletim oficial onde são publicadas todas as decisões relevantes e alterações legislativas da República Portuguesa.
A ‘Parpública’, empresa gestora de participações públicas, referida a mesma resolução, considerou que a terceira proposta entregue pela ‘Quifel’, empresa liderada pelo empresário português Miguel Pais do Amaral, a 15 de Maio não respeitava “os requisitos mínimos legalmente exigidos pelo caderno de encargos.
O Governo decidiu na quinta-feira, dia 21 de Maio, em Conselho de Ministros nomear para passar à fase de negociação duas propostas, afastando o consórcio de Miguel Pais do Amaral e continuando a negociar com Gérman Efromovich e David Neeleman.
O Conselho de Ministros decidiu mandatar os secretários de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, e do Tesouro, Isabel Castelo Branco, para avançar com as negociações junto dos outros dois consórcios, sempre com a Parpública incluída.
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