A companhia de baixo custo panafricana Fastjet anunciou na quarta-feira, dia 25 de Março, que o Ministério dos Transportes do Zimbabué autorizou a atribuição à empresa de um ‘Air Service Permit’, semelhante ao que, em termos internacionais, se designa por licença de transporte aéreo de passageiros.
Trata-se de um passo importante para a criação e implantação da ‘Fastjet Zimbabwe’ que, num futuro próximo deverá constituir-se como marca independente, se bem que integrada na rede da Fastjet, e com Certificado de Operador Aéreo (COA) próprio. Terá a sua base operacional no Aeroporto Internacional de Harare.
Fontes ligadas à companhia, citadas ontem pela imprensa africana, revelaram que o Governo do Zimbabué , inclusive, já aprovou o plano de negócios para a nova empresa, o que tudo leva a acreditar que a Fastjet estabelecer-se-á em breve na África Austral. O Aeroporto de Harare poderá ser a base para o lançamento de carreiras de baixo custo para países limítrofes como a África do Sul, Namíbia, Botswana e Moçambique. Angola poderia ser uma hipótese, mas as autoridades angolanas, em ocasiões anteriores sempre se mostraram muito fechadas quanto à entrada nos aeroportos do país das companhias denominadas de baixo custo, tendo optado pelos tradicionais acordos de tráfego aéreo entre países.
Ed Winter, presidente executivo da Fastjet manifestou-se muito optimista quanto às perspectivas de implantação da ‘low cost’ no Zimbabué. Destacou o potencial do país para o transporte aéreo de baixo custo e afirmou que todos os dias cerca de 100 autocarros de passageiros circulam no eixo Harare-Joanesburgo (África do Sul), numa distância de cerca de 1.100 quilómetros. Uma parte importante desses passageiros serão potenciais clientes da Fastjet. Eles pagam 120 dólares, o que poderá ser mais caro que as viagens de avião em percursos iguais, em campanhas da Fastjet.