A ANA Aeroportos de Portugal, empresa controlada pelo grupo francês Vinci Airports, que gere o Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, e o SEF – Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, polícia de fronteira no País, trocaram acusações neste domingo, dia 27 de setembro, face a constrangimentos verificados no desembarque de passageiros na capital portuguesa.
A notícia foi revelada pelo canal televisivo SIC Notícias, que divulgou um vídeo de um passageiro chegado a Lisboa que mostra uma fila assinalável de pessoas que aguardam atendimento, sem o devido distanciamento físico, também designado por ‘distanciamento social’, na zona do controlo sanitário reservado aos passageiros desembarcados.
A SIC Notícias fala de que o ajuntamento atingiu cerca de 1.400 pessoas. A ANA respondeu que se tratou de “uma situação pontual”
Segundo a notícia do canal televisivo português “a ANA Aeroportos diz que a situação que estamos a ver na imagem é pontual e garante que partilhou com o SEF a lista de voos para que os meios humanos fossem acautelados”.
“À SIC, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras descarta responsabilidades e diz que não lhe cabe garantir o distanciamento físico entre os passageiros. O SEF diz que reforçou o número de inspetores e lamenta que durante duas horas e meia, quando aterraram 18 voos de países terceiros, não tenha estado nenhum funcionário da ANA na zona do controlo sanitário”, divulgou o canal televisivo.
Os passageiros necessitam passar por um controlo sanitário, onde devem fazer prova de que se submeteram a um teste à covid-19, com resultado negativo, e depois acedem à zona aeroportuária para verificação de documentação pessoal, recolha de bagagens e desembaraço aduaneiro.
Recorde-se que há algumas semanas, no Aeroporto de Faro/Algarve, no sul de Portugal, também se verificaram protestos com ajuntamentos de passageiros, que não observaram o devido e exigido distanciamento físico, um facto causado pela lentidão no despacho do controlo de passaportes, uma questão que provocou igualmente comunicados de ambas as entidades, que não reconheceram responsabilidades, e o protesto veemente do ministro da Administração Interna, que acusou a ANA Aeroportos de Portugal de não estar a cumprir o contrato de serviço público. A ANA contestou as declarações do ministro Eduardo Cabrita (LINK notícia relacionada).