As cartas de navegação do caça F-16 deslocaram-se e descompensaram o sistema de controlo do avião, concluiu a comissão de investigação ao acidente na base aérea de Los Llanos, em que participaram militares de seis países, entre eles oito espanhóis. Foi uma causa fortuita que desencadeou a tragédia que custou a vida a 11 pessoas (nove das quais franceses), no passado dia 26 de Janeiro.
O F-16 grego despenhou-se ao princípio da tarde embatendo contra o solo e sobre os aviões que estavam em terra porque as suas cartas de navegação se deslocaram num dado momento do voo, acertando no trimer e descompensando o controlo do aparelho. Os pilotos gregos nada puderam fazer para evitar o impacte e vitimar os militares que estavam a participar em manobras da NATO.
O documento, com mais de 40 páginas, revela que nem o piloto, nem o co-piloto gregos falecidos no acidente se aperceberam do facto ao descolar. Segundo o mesmo relatório, também não fizeram o check-out da cabina 20 minutos antes de iniciar o exercício, como estabelecem os protocolos e procedimentos de voo.
O avião só tinha sido revisto na placa de estacionamento pelos pilotos. A investigação esclarece também que não tiveram influência no acidente factores como o vento que soprava na base nesse dia e sugere melhoramentos nos F-16, por exemplo, um sistema de alerta que avise o piloto de uma possível descompensação antes da descolagem.