Força Aérea Portuguesa alerta para perigo da redução de meios físicos e humanos

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O Chefe de Estado-Maior da Força Aérea, José Araújo Pinheiro, alertou, hoje, terça-feira, 11 de Novembro, para os riscos que a redução de meios físicos e humanos acarreta para o cumprimento das missões, refere um despacho da agência Lusa, que está a ser reproduzido na Imprensa portuguesa.

“Perante a complexa situação que a Força Aérea vive ao nível dos seus pilotos, particularmente os mais qualificados, e a realidade orçamental nos últimos anos, as opções de resposta vão sendo mais limitadas, sendo já notória uma redução da capacidade de prontidão e um consequente aumento do risco operacional”, frisou.

José Araújo Pinheiro discursava na cerimónia de rendição do Comandante da Base Aérea n.º4, nas Lajes, na ilha Terceira, arquipélago dos Açores, onde Eduardo Faria foi substituído por Tito Mendonça.

Apesar das dificuldades, garantiu que a Força Aérea tem feito todos os esforços para manter um “clima de segurança e bem-estar nas pessoas” da Região Autónoma dos Açores.

“O conhecimento geral tem-nos levado a tomar medidas para adequar as horas de voo e aprontamento de tripulações ao máximo possível e financiável e a determinar como prioritárias as missões de soberania e de segurança humana, com ênfase no apoio às ilhas, ou seja, orientar o esforço para as missões críticas e de inquestionável relevância”, salientou.

Destacando a “relação íntima” entre a Força Aérea a comunidade local na ilha Terceira, que não se verifica de forma igual noutras partes do país, José Araújo Pinheiro sublinhou que as missões de busca e salvamento e as evacuações sanitárias sempre foram consideradas prioritárias na base das Lajes, entre as “vastas” responsabilidades da Força Aérea.

“No que concerne à Base Aérea n.º 4, sempre foi dado relevo às missões de busca e salvamento e à evacuação sanitária, pelo que, apesar de todos os constrangimentos, se tem feito tudo para garantir a prontidão dos meios afetos a estas tarefas de socorro e assistência”, frisou.

O Chefe de Estado-Maior da Força Aérea realçou ainda o “espírito de missão” dos militares e civis da base, “a quem de forma continuada tem sido pedido muito mais do que seria normal”.

“A recorrente redução de recursos humanos e materiais tem obrigado a um grande empenho e enorme exigência individual e coletiva de todos os militares e civis”, apontou, acrescentando que o “quadro difícil” se repete em cada órgão ou unidade da Força Aérea.

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