O Governo da República Francesa espera vender, ainda este ano, 64 aviões de guerra F1 Mirage, que foram desativados da Força Aérea Francesa, a uma das duas empresas norte-americanas que se candidataram ao negócio: à ‘Draken Internacional’ ou à ‘Airborne Tactical Advantage Company’ (ATAC).
O dossiê está na mesa de trabalho da nova ministra da Defesa, Florende Parly, que substituiu, há poucos dias outra mulher que tutelava o departamento governamental francês, Sylvie Goulard, e que não considerou o assunto prioritário.
As duas empresas estão muito interessadas nos aviões de combate fabricados pela empresa francesa ‘Dassault Aviation’, com 720 unidades já vendidas de 1973 até ao momento.
A oferta da ‘Draken Internacional’ parece ser a mais interessante no plano industrial para as empresas europeias, além, eventualmente, da Dassault. Para colocá-los ao serviço, a ‘Draken Internacional’ está a contar com o apoio da Sabca, a filial belga da Dassault Aviation, que é especializada na modernização de aeronaves militares, e da francesa SECAMIC especialista na manutenção de aparelhos de segunda mão.
A Draken, que já tem uma frota de 80 aviões de combate, e a ATAC são empresas que fornecem à Força Aérea e à marinha dos Estados aeronaves de combate para o treino de pilotos de caça (táctico, simulação de ameaças, apoio ar-terra e abastecimento no ar). Os últimos Mirage F1 franceses foram retirados do serviço ativo a 13 de junho de 2014 e fizeram o seu último voo por ocasião das cerimónias das celebrações da Tomada da Bastilha a 14 de julho de 2014. Hoje em dia foram já substituídos pelos Mirage 2000 e pelos Rafale.