FSC?? LCC? LCLH??

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Afinal o que são estas “siglas” que hoje em dia proliferam nas revistas da especialidade e no que ao transporte aéreo de passageiros diz respeito?

No meio de outros similares, são estes os principais modelos de negócio que hoje se vão digladiando por passageiros em todas as geografias.

Full Service Carrier (FSC), Low Cost Carrier (LCC) e Low Cost Long Haul (LCLH).

O primeiro significa que a companhia aérea assenta a sua estratégia numa placa giratória e que usa o HUB para transferir passageiros para a sua rede (TAP com o seu hub em Lisboa, Iberia com hub em Madrid, KLM com hub em Amsterdão, etc, são exemplos).

São Full Service porque de facto ainda incluem muitos dos seus serviços no preço do bilhete.

As Low Cost Carrier, companhias de baixo custo, caracterizam-se por ter uma operação “ponto a ponto” por oposição ao ponto além (estratégia de hub característica da Full Service Carrier), e por não incluírem os serviços no preço do bilhete do avião.

Os valores da passagem não incluem os serviços adicionais, portanto são cobrados à parte. Importa dizer que “low fare” não implica ser “low cost”, contudo as companhias que praticam preços muito baixos são muito ágeis nos custos.

A possibilidade de praticar tarifas muito baixas tem obrigatoriamente que ver com a estrutura de custos da empresa. Uma coisa é ser low fare/low cost outra é conseguir ser low fare/ high cost.

A Easyjet e a Ryanair, a primeira, uma transportadora de baixo custo que se adapta aos mercados onde opera, e a segunda, mais radical, baseada numa estratégia ultra low cost, permite a pratica de valores imbatíveis.

As receitas adicionais (não bilhete não core) em 2015 representaram na Ryanair, quase um quarto da receita total da empresa.

Low Cost Long Haul não é mais do que a réplica do modelo das companhias de baixo custo, mas em operação de longo curso. Esta é uma “novidade” preconizada pela Norwegian, que neste momento lidera esta estratégia, ligando a Europa aos EUA garantindo tarifas ao estilo das companhias de baixo custo que operam dentro da Europa.

A companhia espanhola LEVEL é também mais um exemplo, ainda por provar, mas a seguir idêntico racional.

Nestes dias dará inicio um novo paradigma da aviação no que às LCC diz respeito: a Ryanair anuncia que fará o seu meu primeiro hub em Roma. Esta é uma situação peculiar já que até agora só as companhias full service operavam desta forma.

Para mais tarde fica também a constituição de uma aliança entre companhias de baixo custo onde a Ryanair alimentará os voos da Norwegian quando esta voar para fora da Europa.

Admirável mundo este das companhias de baixo custo. Que se preparem as ditas Full Service Carrier (serviço completo) que fazem depender as suas operações na transferência de trafego, mas com encargos incomparavelmente altos.

Este fenómeno está a dar lugar à constituição de modelos mistos os já conhecidos modelos híbridos.

Muito por perto já há quem se prepare e bem para esta eventualidade.


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