Olá a todos! Fumar a bordo deixou de ser permitido já lá vão uns bons anos. Lembro-me que cheguei a fazer viagens em que as últimas filas do avião eram destinadas aos ‘fumadores’. E quem não se lembra da introdução dos chamados ‘voos azuis’ ? Ou das cadeiras antigas dos aviões com os cinzeiros nos ‘braços’ das mesmas? É verdade… Mas, ainda não há muito tempo, tive num voo um passageiro que quis regressar ao passado da aviação e decidiu fumar na wc do avião. Para a grande maioria dos passageiros, todos sabem que as wc dos aviões estão equipadas com detectores de fumo (extremamente sensíveis) e que ao serem activadas, fazem um barulho ensurdecedor. Este passageiro tentou ‘tapar’ o detector de fumo da wc e calmamente acendeu o seu cigarro.
Contudo, o odor do tabaco denunciou-o. A polícia foi avisada e, após a aterragem, estava à espera do passageiro. Uma situação de fogo a bordo é, para além de ser considerado um crime, uma situação de enorme gravidade. Em poucos segundos a situação pode tornar-se incontrolável. É, para nos assistentes de bordo, amplamente treinada mas sempre a mais complicada pela magnitude dos estragos e, até mesmo, das proporções drásticas que pode causar.
Os tempos de fumar a bordo terminaram faz tempo mas, ainda hoje, existe quem ainda tente ‘matar’ o vício a bordo. Sei que não é fácil para todos aqueles que são fumadores ( e não critico quem o é, obviamente) e há quem não consiga aguentar umas horas. É complicado controlar, é verdade. Contudo, o ‘vício’ pode colocar em perigo as vidas das pessoas que viajam a bordo. Um abraço a todos os amantes da aviação e bons voos!
João Miguel Palma Costa
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João Palma Costa é licenciado em Turismo, ramo de Marketing, pela Universidade do Algarve/Escola Superior de Gestão, Hotelaria e Turismo.
Desde 2012 que é comissário de bordo na companhia irlandesa Ryanair. Está agora colocado na base de Lisboa (Portugal) de pois de vários anos a operar a partir de Madrid (Espanha).
João Palma Costa após a licenciatura passou por dois projectos hoteleiros de luxo no Algarve, onde assumiu lugares de responsabilidade. Antes, entre 2005 e 2006, a convite do Director dos Serviços de Turismo do Governo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) estagiou nos Departamentos de Marketing, Mercados, Relações Públicas e Eventos/Projectos Especiais. No Oriente teve oportunidade de contactar directamente com os novos mercados de turismo emergentes: Brasil, Índia, China e África. Participou activamente nos projectos de elaboração de estudos para o “Grande Prémio de Macau”, “Festival Internacional de Fogo de Artifício” e em diversos certames de turismo Internacional, nomeadamente na ITB (Berlim) e no WTM/Londres.