O Governo Português quer decidir no próximo ano o futuro do Aeroporto de Lisboa, que pode passar pela sua expansão, ou pela existência de uma infraestrutura complementar, segundo a proposta das Grandes Opções do Plano para 2017, revela nesta quinta-feira, dia 22 de setembro, um despacho da agência noticiosa Lusa.
No documento enviado esta quinta-feira ao Conselho Económico e Social (CES) e a que a agência teve acesso, lê-se que “o Governo iniciou, em 2016, os estudos de avaliação da capacidade futura do Aeroporto Humberto Delgado, de modo a que, durante o ano de 2017, sejam tomadas as decisões necessárias sobre esta matéria”.
O Aeroporto de Lisboa ultrapassou a barreira dos 20 milhões de passageiros em 2015, uma subida de 10,7% face ao ano anterior, segundo dados divulgados pela ANA – Aeroportos de Portugal, em janeiro passado.
Na altura, o ministro do Equipamento e Infraestruturas, Pedro Marques, realçou que este número de passageiros coloca novos desafios, acrescentando que uma equipa estava a estudar todos os pormenores relativos à opção do Montijo como solução para responder ao aumento da procura de passageiros.
Já esta semana, segundo informação prestada pelo Governo ao parlamento, a conversão da Base Aérea do Montijo para receber um aeroporto civil implicaria “não só avultados investimentos como o aumento dos custos de operação” para a Defesa Nacional.
“Haverá necessidade de serem efetuadas alterações em termos de infraestruturas, que implicam não só avultados investimentos como também um aumento dos custos de operação para a Defesa Nacional, de montante ainda não apurado nesta fase”, refere a resposta enviada pelo ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, à comissão parlamentar de Defesa Nacional.
O presidente executivo da TAP, Fernando Pinto, já afirmou publicamente que considera que a Base Aérea do Montijo é a “única solução possível” para fazer face ao estrangulamento do aeroporto de Lisboa.