O Governo Regional da Madeira apelou à intervenção do ministro das Infraestruturas junto da companhia de baixo custo britânica EasyJet, para que a empresa “mantenha a totalidade da oferta” na Região Autónoma (ilhas da Madeira e do Porto Santo) durante a greve marcada para os dias 15, 16 e 17 de agosto (LINK notícia relacionada).
“Em ofício enviado esta manhã ao ministro das Infraestruturas e da Habitação, o secretário regional de Economia, Turismo e Cultura, Eduardo Jesus, apela às melhores diligências de Miguel Pinto Luz para que se assegurem, não só os serviços mínimos de e para a Região Autónoma da Madeira (RAM), como, ademais, dos restantes voos, em respeito para com o interesse público regional, de uma Região Ultraperiférica da União Europeia (RUP)”, explica o executivo madeirense em comunicado distribuído no Funchal na manhã desta quinta-feira, dia 1 de agosto.
De acordo com a Secretaria Regional de Economia, Turismo e Cultura, a greve da tripulação de cabina da companhia EasyJet convocada pelo Sindicato Nacional de Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) não acautela a existência de serviços mínimos, sendo que a intenção é de “paragem total de operação”.
Na missiva enviada ao ministro das Infraestruturas e da Habitação é dito que o número de voos que será alvo de greve representa um total de 7.734 lugares, numa “época crítica de diáspora, estudantes deslocados e pleno turismo”.
“A oferta diária de Lisboa para a ilha da Madeira, com os cancelamentos da EasyJet, será reduzida em 28,04%”, refere o executivo regional, adiantando que a oferta diária do Porto para a ilha da Madeira será reduzida em 27%” e a oferta diária de Lisboa para a ilha do Porto Santo será reduzida em 48,66%;
Também a oferta diária de Porto para a ilha do Porto Santo, com os cancelamentos da EasyJet, será reduzida em 100%, acrescenta o ofício.
“Embora existam outras alternativas de ligação ao continente, o que no caso da RAM significa TAP e Ryanair, estas não devem ser consideradas, porque, atenta a época de veraneio, os voos estão com lotação total, o que significa a inexistência de qualquer alternativa para chegar e/ou sair da Região Autónoma da Madeira”, sublinha o Governo Regional.
O executivo madeirense apela, por isso, ao ministro das Infraestruturas e da Habitação para que “seja assegurada a manutenção da totalidade da operação da EasyJet” no período da greve e recordar que “em situações anteriores semelhantes foi possível manter o normal funcionamento das operações”, com a intervenção do Governo da República.
O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) convocou três dias greve de tripulantes de cabina na easyJet, entre 15 e 17 de agosto, acusando a empresa de ignorar as várias tentativas de resolução de questões laborais.