A Aviação Militar Bolivariana (AMB), designação dada pelo regime de Caracas, pós-Hugo Chávez, à Força Aérea Venezuelana, foi encarregada pelo presidente Nicolas Maduro de criar uma nova companhia aérea no país.
O despacho do comandante-geral da AMB, major-general Ivan Josué Hidalgo Terán, foi publicado no passado dia 14 de dezembro, e nomeia uma comissão constituída integralmente por oficiais militares para trabalhar na criação da nova Linha Aérea da ‘Fuerza Armada Nacional’ (FAN). Preside o general José Luis Parra Sosa, e na lista estão quatro coronéis, um tenente-coronel e um major.
A decisão surpreendeu os meios aeronáuticos na Venezuela, já que existem duas companhias aéreas comerciais de capitais públicos: a Conviasa e a Aeropostal. A primeira trabalha a meio gás, pois tem muitos aviões avariados e outros sem certificação, inoperacionais por falta de manutenção ou por terem sido retiradas peças para outras aeronaves da companhia; a segunda está parada desde há alguns meses, também por falta de peças sobressalentes para solucionar avarias ou devido a equipamentos que necessitam de substituição. Tudo devido à situação económica que hoje se vive na Venezuela, cujo tecido produtivo não gera divisas suficientes para essas e outras companhias acederem ao mercado internacional.
- Na imagem vemos um Embraer 190 da Conviasa, companhia nacional venezuelana de capitais públicos que sucedeu à VIASA, que chegou a ser, entre os anos 60 e 80 do século passado, uma companhia de referência na América do Sul.