O Governo brasileiro está “disponível para ajudar”, mas sem ingerência, para um acordo entre as companhias aéreas TAP e Azul sobre a dívida de cerca de 200 milhões de euros.
O ministro dos Portos e Aeroportos do Brasil, Silvio Costa Filho, defendeu, em Lisboa, em entrevista à agência portuguesa de notícias ‘Lusa’, que “este acordo é muito importante para as duas companhias”, mas não pode haver “uma ingerência” dos governos nas questões entre ambas.
Uma posição que está clara com o Governo português e falada no encontro que o governante brasileiro teve esta quinta-feira, dia 24 de outubro, com o seu homólogo, o ministro português das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, no âmbito da visita oficial de dois dias.
Na reunião dos dois ministros, Silvio Costa Filho disse que trataram “do assunto da Azul de forma institucional” e é claro que ambos os governos querem “um entendimento no final desse diálogo entre a TAP e a Azul”.
Mas “ficou acertado” que será respeitada a questão legal.
“Vamos aguardar que esse processo corra o ciclo natural, e, se for possível, fazer um acordo entre a TAP e a Azul”, mas sem “nenhuma ingerência por parte dos governos brasileiros ou português” nas companhias aéreas, sublinhou.
O que está em questão é um diferendo entre a TAP e a Azul sobre um empréstimo obrigacionista da companhia aérea brasileira à sua congénere portuguesa, que vence em 2026.
A Azul quer receber antecipadamente o valor dos 198 milhões de euros em causa, e a TAP não pretende avançar.