Governo Português admite construir Aeroporto Civil junto da Base de Monte Real

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O Governo Português confirmou que está a estudar a possibilidade de instalar um aeroporto civil junto da base aérea de Monte Real, em Leiria, na Região Centro do País, a 50 quilómetros de Fátima e a 80 de Coimbra, duas cidades bastante procuradas pelos turistas que visitam o País, se bem que por motivos diferentes.

No caso específico de Fátima, onde está o Santuário de Nossa Senhora de Fátima, um dos três santuários marianos mais visitados do Mundo, há mesmo um movimento específico e exclusivo de visitantes que se deslocam em peregrinação, para quem agrada a possibilidade de aterrar próximo do seu local de destino, poupando dessa forma a escala em Lisboa ou no Porto.

O Ministério das Infraestruturas e Habitação admitiu que o assunto está a ser estudado. O jornal ‘Público’ de Lisboa anuncia no seu sítio da Internet que o ministro Pedro Nuno Santos confirmou que está a estudar a possibilidade de instalar um aeroporto civil junto à base Da Força Aérea Portuguesa de Monte Real, no distrito de Leiria.

A informação surge depois de nesta quinta-feira, dia 23 de janeiro, o ‘Jornal de Leiria’ ter noticiado que o ministro tinha enviado uma mensagem ao presidente de Câmara Municipal de Leiria, Gonçalo Lopes, na qual afirmava que o projeto tinha “pernas para andar”.

O autarca disse ao ‘Jornal de Leiria’ que a mensagem deverá significar o reforço do “compromisso do Governo”.

Na imagem vemos dois aviões da TAP no Aeroporto da Base Aérea nº. 5 da FAP em Monte Real, aquando da deslocação do Papa Francisco a Portugal, em maio de 2017. A base tem sido utilizada por aviões comerciais aquando das visitas de Papas a Portugal.

Na semana passada, a Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra emitiu uma nota, que foi tratada como notícia pela agência ‘Lusa’, em que dizia que tinha estado reunida com elementos do Ministério das Infraestruturas para discutir a temática do “Aeroporto na região Centro” e reiterar “a necessidade” de uma infraestrutura deste tipo na região.

Na altura, entre os autarcas e o Executivo ficou estabelecido que iriam ser avaliadas e estudadas as soluções com vista a encontrar uma solução viável para a implementação de um aeroporto” no Centro do País. “Os autarcas reiteram a necessidade de se encontrar uma solução exequível”, de modo a ser “incorporada no Plano Nacional de Investimentos 2030”, concluía a CIM.

Na reunião do passado dia 15 foi discutida a localização e “construção de raiz” de um aeroporto na região Centro. A transformação da base nº. 5 da Força Aérea Portuguesa em Monte Real para acolher a aviação civil não era exequível, tal como não o era a transformação do aeródromo Bissaya Barreto, em Coimbra.

O presidente Câmara de Leiria, na última reunião camarária, também de acordo com o ‘Jornal de Leiria’, revelou o conteúdo da mensagem que lhe foi enviada pelo ministro: “Não te preocupes. Só o [aeroporto] de Monte Real tem pernas para andar”.

Desde há muito tempo, e nomeadamente no Congresso da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), que se realizou em Aveiro, em novembro de 2016, Pedro Machado, presidente da Região de Turismo do Centro, tem apontado a necessidade de “abrir a base aérea de Monte Real a voos comerciais, possibilidade há muito defendida pelo Turismo do Centro de Portugal e por destacados dirigentes políticos e empresariais do país, porque tem vantagens óbvias para a economia regional e é importante para a coesão territorial”.

A adaptação de Monte Real a voos comerciais “será rápida e relativamente barata”, garante Pedro Machado, que cita um estudo da firma alemã de consultoria estratégica Roland Berger, que aponta para um investimento de 25 milhões de euros em seis meses. O presidente da Entidade Regional Turismo Centro, que agrupa cem municípios, garante que Monte Real reúne uma série de características que a tornam “a escolha óbvia” para receber voos comerciais, a começar pela proximidade do Santuário de Fátima, que só em 2017 atraiu sete milhões de visitantes, bem mais do que o número mínimo de 1,2 milhões de passageiros que tornam sustentável uma operação aeroportuária, segundo o Instituto Nacional de Aviação Civil.

 

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