O primeiro-ministro português considera que a greve de dez dias dos pilotos da TAP Portugal e da PGA – Portugália Airlines decretada pelo Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) “põe em risco a empresa” no “curto prazo”, e argumentou que a alternativa à privatização da companhia é a uma “TAP em miniatura”.
“É perverso que uma greve que está decretada para valer 10 dias, em nome de salvar a empresa para evitar a privatização, possa pôr em risco a própria empresa. Porque põe. E põe em risco a empresa não é no futuro de médio prazo, é no curto prazo”, afirmou Pedro Passos Coelho na manhã desta sexta-feira, dia 17 de Abril, no debate quinzenal com os deputados na Assembleia da República, em Lisboa.
O chefe de Governo Português disse que “quem julga que impedindo a privatização da empresa está a empurrar com a barriga para resolver o assunto de outra maneira, lá mais para a frente, daqui a uns anos, está muito enganado, porque a TAP terá um problema muito sério muito rapidamente”.
Na opinião de Passos Coelho, “a alternativa à privatização da TAP é o despedimento coletivo, a redução da sua atividade, a venda de aviões, cancelamento de rotas”.
“É ter uma TAP em miniatura, que não serve o interesse do país. Não vejo como possa servir o interesse dos pilotos, não serve os interesses dos trabalhadores da TAP, não serve o interesse de Portugal”, argumentou.
O primeiro-ministro e líder do PSD falava depois de questionado pelo líder parlamentar do CDS-PP, o outro partido da coligação governamental, e começou por dizer que a paralisação na companhia área nacional “não se compreende”.
“O Governo estabeleceu um acordo com os sindicatos da TAP e esse acordo não está a ser respeitado. Lamentamos profundamente que isso ocorra”, declarou.
Acertem tudo com os pilotos e depois vendem a TAP. A TAP é luxo para uma minoria de Portugal. O estado tem que cuidar de educação, saúde, segurança…..Os pilotos querem trabalhar pouco e ganhar muito. Depois de privatizar vem demissões e os pilotos que se ferrem/lasquem.