Greve dos técnicos das operações aeroportuárias atrasa voos nas Lajes (ilha Terceira, Açores)

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“Tivemos algum impacto, embora esse impacto tenha sido um pouco ofuscado pela greve dos tripulantes de manutenção de aeronaves da SATA e também pelas condições climáticas que afetaram muitos voos”, adiantou, em declarações à Lusa, o delegado do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública e Entidades com Fins Públicos (Sintap), Amílcar Martins.

A greve dos técnicos das operações aeroportuárias da Aerogare Civil das Lajes, na ilha Terceira, nos Açores, iniciou-se no dia 4 de dezembro de 2019 e estendeu-se até ao último dia do ano, englobando apenas as horas extraordinárias, ou seja, o período entre as 21h00 e as 07h00 da manhã do dia seguinte.

As operações das companhias aéreas foram ajustadas para o período entre as 07h00 e as 21h00, mas os atrasos ao final do dia obrigaram ao cancelamento de voos, já que, segundo o Sintap, a adesão à greve foi de 100%.

Pelas contas de Amílcar Martins, neste período de greve foram cancelados “cerca de uma dúzia ou talvez mais” de voos, sobretudo ligações do continente português, da Ryanair e da TAP, e escalas técnicas.

No entanto, a diretora da Aerogare Civil das Lajes, Isménia Alves, disse que desde o dia 23 foram cancelados apenas quatro voos, dois inter-ilhas, com partida de Ponta Delgada (São Miguel), um Lisboa-Terceira e uma escala técnica.

“É uma avaliação difícil de fazer, porque vários aeroportos nacionais estão em greve e os voos podem ser afetados ora por umas ora por outras, ora pelas companhias aéreas, porque houve companhias aéreas que também estiveram em greve. No entanto, por aquilo que nos apercebemos, afetou, de 23 até agora, quatro voos”, afirmou.

Ao contrário do que acontece nos aeroportos de Ponta Delgada (São Miguel), Santa Maria, Horta (Faial) e Flores, nos Açores, geridos pela ANA – Aeroportos de Portugal, a Aerogare Civil das Lajes, na ilha Terceira, tem gestão pública.

Os cinco técnicos de operações aeroportuárias no quadro da Aerogare Civil das Lajes reivindicam uma revisão da carreira e o reforço do efetivo, alegando que deviam estar nove pessoas no quadro.

A carreira dos técnicos de operações aeroportuárias foi classificada como subsistente, o que “impossibilita o recrutamento de mais pessoas”, mas com a certificação do aeroporto para uso permanente pela aviação civil, em julho de 2018, o trabalho aumentou e os funcionários, que têm todos mais de 50 anos, dizem sentir “algum desgaste”.

O Sintap já anunciou um novo pré-aviso de greve às horas extraordinárias para o período entre 4 de janeiro e 31 de março, o que segundo Amílcar Martins resulta da falta de abertura do Governo Regional dos Açores para negociar.

“Sentimo-nos um bocado desprezados, porque a senhora secretária dos Transportes afirmou, em lugar público, que desconhecia o nosso problema. Nós enviámos sempre comunicados por escrito a pedir audiência”, frisou.

O delegado sindical disse esperar que a próxima greve “sensibilize alguém do Governo, que tenha capacidade de decisão” e apelou ao executivo para que “não deixe para cima da época alta a solução deste problema”, lembrando que o tráfego é maior a partir de abril.

A agência de notícias portuguesa ‘Lusa’ contactou fonte da Secretaria Regional dos Transportes e Obras Públicas dos Açores, que remeteu esclarecimentos sobre as negociações com o sindicato para a Direção Regional da Organização e Administração Pública, que por sua vez remeteu esclarecimentos para a tutela dos Transportes.

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