Os trabalhadores da Groundforce no aeroporto de Lisboa vão fazer uma greve de três horas na quarta-feira, dia 15 de Julho, para se reunirem em plenário com o objectivo de decidir formas de contestação à posição da administração da empresa.
Esta greve não deverá causar perturbações nos serviços de assistência em terra, adiantou à agência noticiosa Lusa Armando Costa, da direcção do Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA), uma vez que “a empresa recorre a trabalhadores temporários para minimizar o impacto da paralisação”.
Do plenário, que se inicia às 15h00, deverão sair novas formas de luta contra “o desrespeito pelo Acordo de Empresa”, em vigência desde 2012, nomeadamente no que se refere à actualização salarial que deveria ocorrer este ano.
“A Groundforce não tem pretensão de fazer a actualização salarial em 2015 nem de respeitar outras cláusulas previstas no Acordo de Empresa”, explicou Armando Costa.
O litígio entre os trabalhadores e a administração da empresa de ‘handling’ (assistência em terra aos passageiros e bagagens) estende-se ainda aos horários dos operadores de assistência em escala e dos técnicos de tráfego de assistência em escala, que são objecto de “trocas constantes”, existindo um cenário de “desregulamentação total”, com grande impacto na vida familiar dos trabalhadores.
Contactada pela Lusa, fonte oficial da Groundforce Portugal garante que “todos os compromissos assumidos para 2015 estão a ser cumpridos”, referindo a possibilidade de uma negociação salarial que “está em curso”, apesar de não ser prevista.
“Estão em curso reuniões de negociação, sendo que a Groundforce Portugal já apresentou propostas claras aguardando respostas dos diversos sindicatos”, declarou a mesma fonte.
A empresa de assistência nos aeroportos, detida em 49,9% pela TAP e em 50,1% pela Urbanos, rejeita ainda que “existam constantes trocas de horários”: “Neste momento, no verão IATA, pico da operação, com normais alterações e irregularidades operacionais, a Groundforce Portugal regista uma taxa de alteração de horários abaixo dos 7% face ao normal cumprimento de horários”.
- Texto distribuído pela Lusa a circular nas edições noticiosas online.
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