Grupo Aeroporto do Pico reitera que ampliação da pista de aterragem “é possível”

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 O Grupo Aeroporto do Pico (GAPix) discorda das conclusões do estudo prévio para ampliação da pista e alega que uma análise detalhada ao documento comprova que a ampliação “é possível” com benefícios para a operacionalidade. 

Após uma análise ao estudo, o GAPix refere que os dados “comprovam que a ampliação da pista do Aeroporto do Pico, no arquipélago e Região Autónoma dos Açores (Portugal), para Oeste em 690 metros é possível, com comprováveis benefícios para a sua operacionalidade e sem necessidade de rotação do eixo da pista”, adianta o grupo, em comunicado distribuído nesta quarta-feira, dia 18 de dezembro.

Para o GAPix, “a ampliação da pista do Aeroporto do Pico é técnica e operacionalmente possível, falta ser politicamente exequível”, alegando que os obstáculos identificados pelo executivo condicionam a operacionalidade.

“Tendo este estudo prévio sido tornado público há quatro meses, depois de várias bancadas parlamentares da Assembleia Legislativa Regional terem pedido acesso ao estudo, não se compreende como só agora uma das bancadas (Partido Socialista/Pico) tenha feito a necessária análise técnica e questionado as conclusões do estudo prévio, com o necessário sentido crítico que a questão impõe”, lê-se num comunicado enviado pelo GAPix.

Apesar do GAPix discordar das conclusões do estudo prévio, o grupo alega que “o conteúdo detalhado” da análise “dá a resposta de forma clara em relação à solução tecnicamente acertada para ampliação”.

O GAPix reitera que o investimento irá melhorar as descolagens e aterragens para todos os modelos de avião, o que permitirá reduzir cancelamentos, alertando para as atuais dificuldades, em caso de pista molhada e ventos.

Por isso, “o alongamento dá margem para permitir a aproximação e a aterragem em condições mais difíceis”.

“O Governo dos Açores simplesmente acatou as recomendações das conclusões do estudo prévio (…) sem ir ao cerne da questão e analisar minuciosamente todo o conteúdo, quando existem quadros qualificados no seio da Secretaria Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas (SRTMI) para o fazer”, aponta o grupo.

De entre os vários cenários de ampliação considerados no estudo prévio, a “escolha acertada” do GAPix recai no cenário que contempla um alongamento de 690 metros para Oeste, com subida da cabeceira de descolagem até à cota 40,0 metros (aumento do declive final da pista com elevação da cabeceira em 2,5 metros) e corte de árvores”.

“No nosso entendimento, esta é a solução que traz mais vantagens, sem onerar demasiado o custo final”, justifica o grupo.

A 4 de dezembro, o presidente do Governo Regional dos Açores afirmou que a ampliação da pista do aeroporto do Pico vai estar dependente do estudo que será conhecido até ao final do ano, rejeitando tomar “decisões precipitadas e estúpidas”.

“No novo estudo, que no caso apontam para a eventual necessidade de reorientação da pista, [é preciso] ver que potencial é que tem. Nós queremos sempre o melhor, mas tomar decisões precipitadas e estúpidas é que não farei, porque elas custam dinheiro”, declarou José Manuel Bolieiro, após uma reunião com o Conselho de Ilha integrada na visita estatutária do executivo ao Pico este mês.

Questionado se mantém o compromisso de aumentar a pista, o presidente do Governo Regional respondeu que o executivo está a “trabalhar para ver a modalidade” que assegura a “melhoria da operabilidade” da ilha.

A 15 de julho, a secretária regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas anunciou que a ampliação da pista do aeroporto do Pico em mais 700 metros ia provocar “mais obstáculos” do que os que existem atualmente, segundo um estudo.

Quinze dias depois, foi anunciada a adjudicação de um estudo complementar com vista à ampliação da pista daquele aeroporto.

O presidente do Governo dos Açores garantiu que esse estudo complementar vai permitir “conhecer o potencial” da extensão da infraestrutura.

“O primeiro estudo implicava um simples prolongamento da atual pista que não dava garantias de favorecer a operabilidade da pista”, vincou.

A 8 de novembro de 2021, José Manuel Bolieiro anunciou o arranque dos trabalhos de ampliação da pista do aeroporto do Pico, com expropriações e definição da servidão aeronáutica para evitar futuras onerações do projeto, considerando o aumento da infraestrutura como um objetivo do Governo Regional

O Aeroporto do Pico, na ilha do mesmo nome, no Grupo Central do Arquipélago dos Açores, não integra a concessão da ANA – Aeroportos de Portugal, sendo a sua exploração da responsabilidade SATA – Gestão de Aeródromos, S. A., empresa do Grupo SATA, que conta ainda com os aeroportos das ilhas da Graciosa, Corvo, São Jorge e Aerogare Civil da Terceira, na Base Aérea das Lajes.

A ANA tem a concessão de Ponta Delgada (ilha de São Miguel), Santa Maria, Horta (ilha do Faial) e Flores.

Foto de abertura © Rui Ferreira

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