O grupo aéreo europeu Lufthansa, que controla a companhia alemã do mesmo nome, a maior dos país, e as transportadoras aéreas Austrian Airlines, Brussels Airlines e Swiss, principais companhias da Áustria, Bélgica e Suíça, respetivamente, poderá ganhar o controlo da Alitalia, companhia de bandeira da Itália, que se encontra em bancarrota desde há vários meses.
A notícia é adiantada nesta quinta-feira, dia 5 de outubro, por um jornal de Milão, cidade do norte da Itália e grande centro financeiro do país, que anuncia também que as companhias de baixo custo europeias EasyJet e Ryanair estão definitivamente fora da corrida pela compra e controlo dos ativos da empresa aérea transalpina.
Além do mais, sabe-se que o Grupo Lufthansa é um sério candidato para ficar com a Air Berlin, segunda maior companhia aérea da Alemanha, que declarou bancarrota no mês passado. Lufthansa e EasyJet são os dois candidatos selecionados para ficarem com as rotas da Air Berlin e outros ativos da empresa, uma questão que será resolvida no próximo dia 12 de outubro.
Para os analistas do mercado aéreo italiano a Lufthansa é forte candidata à compra do negócio da Alitalia – o que mais interessará é a sua rede de rotas – com uma vertente nova que o grupo não encontrou em qualquer uma das outras empresas europeias que gere: uma rede doméstica grande e com especificidades (incluindo obrigações de serviço público nos voos para a Sicília e para a Sardenha) que também não encontrou na Austrian, Brussels ou Swiss. Por outro lado a Alitalia também tem um interessante mercado no outro lado do Atlântico, na América do Norte e na América Latina, onde vivem milhares de italianos e descendentes, constituindo colónias de emigrantes muito fortes, com laços firmes na Itália natal. São voos que continuam a ter excelentes níveis de ocupação.