Grupo SATA assina acordo ‘interline’ com a Porter Airlines

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A companhia regional canadiana Porter Airlines e o grupo SATA (SATA – Air Açores e SATA Internacional) assinaram um acordo que extende a rede de destinos oferecidos por ambas as companhias, quer no Canadá, quer em Portugal.

A Porter Airlines tem base no aeroporto da Cidade de Toronto, província do Ontario, e tem uma rede de voos muito intensa por todo o Canadá e estados vizinhos dos Estados Unidos. Tem base no ‘Billy Bishop Toronto City Airport’, que é também o de melhor acesso para o centro da cidade, se bem que não permita voos de longo curso.

As potencialidades do acordo agora assinado tem a ver com as ligações, quer para os Açores de diversas cidades canadianas e norte-americanas, quer para outras cidades europeias, para onde a SATA Internacional vai voar neste Verão, além de Lisboa, Porto, Faro e Funchal.

António Menezes, presidente do Conselho de Administração do Grupo SATA, citado num comunicado distribuído hoje em Toronto pela Porter Airlines, destaca as ligações que este acordo promoverá, nomeadamente de mais visitas aos Açores e a outras cidades portuguesas, o que poderá contribuir para um maior fluxo de turistas norte-americanos para Portugal.

A Porter Airlines foi fundada em 2006 e tem tido um crescimento assinalável. Explora um tipo de tráfego de negócios e de ligação para passageiros que viajam entre cidades, normalmente em trabalho. A sua frota de cerca de 30 aviões é constituída apenas por aeronaves turbo-hélices Bombardier Q400. Foi aliás nesta companhia que muitos pilotos da SATA Air Açores treinaram antes desse tipo de avião ter sido introduzido na frota da companhia açoriana em 2010.

Com base no Aeroporto de Toronto City, que foi construído numa ilha do lago Ontário, a Porter tem disputado com as autoridades municipais uma batalha que já tem passado pelos tribunais. Primeiro, a companhia pretendeu construir uma ponte metálica para ligar as margens de um pequeno canal que separa a ilha do continente (cerca de 120 metros) e que ainda hoje se faz através de uma ponte levadiça, que tem de ser accionada mecanicamente de cada vez que há passageiros em movimento. As autoridades não permitiram, invocando alterações não recomendáveis à preservação do ambiente. Desde há dois anos que a Porter anunciou que pretende utilizar aviões a jacto, tendo feito uma encomenda condicional dos novos Bombardier Serie C100, para os quais a Pratt & Whitney está até a desenvolver um reactor com menor ruído. Contudo, o processo está parado, a aguardar um novo estudo sobre o ruído que os jactos poderão provocar na área do Lago Ontário. O ‘mayor’ de Toronto explicou no final do ano passado que esses estudos demoram, o perigo de poluição sonora é previsível, pelo que a Porter não voará com aviões a jacto em Toronto City sem que esse estudo esteja concluído e  haja uma conclusão a seu favor. Um novo estudo deverá estar pronto em Maio próximo. A Porter não desarma e diz que até 2016, data em que pretende incorporar os novos aviões, tem tempo…

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