Grupo SATA deve 220 mil euros a três corporações de bombeiros dos Açores

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A SATA Gestão de Aeródromos, empresa do Grupo SATA – Serviço Açoriano de Transportes Aéreos, deve cerca de 220 mil euros a três corporações de bombeiros da Região Autónoma dos Açores, revelou o Governo Regional, em resposta a um requerimento apresentado pelo maior partido da oposição.

No documento que deu entrada na segunda-feira passada, dia 10 de fevereiro, no parlamento açoriano, e que responde a um requerimento apresentado pelo PSD, o executivo açoriano assume que, a 31 de janeiro, a SATA Gestão de Aeródromos devia 87.646,54 euros à Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários da Madalena, 72.580,70 euros à Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários da Graciosa e 59.842,36 euros aos bombeiros das Velas, em São Jorge.

A resposta do Governo Regional explica que “o contrato assinado entre as Associações de Bombeiros Voluntários da Madalena, das Velas e da Graciosa e a SATA Gestão de Aeródromos, S.A. estipula um conjunto de obrigações no âmbito da execução da prestação do serviço de prevenção de acidentes e incidentes, salvamento e luta contra incêndios nos aeródromos de São Jorge, Pico, Graciosa (foto de entrada) e Corvo, cujo cumprimento integral cabe a cada uma das partes e a resolução de litígios ao competente tribunal”.

“O Governo dos Açores, no cumprimento das suas responsabilidades, já solicitou a ambas as partes um documento pormenorizado sobre o cumprimento das obrigações contratuais, identificando e justificando aquelas que, porventura, na presente data ainda se encontram por cumprir e que possam comprometer o processo de certificação dos aeródromos regionais”, conclui o documento.

Os valores foram divulgados pelo Governo Regional em resposta a um requerimento do PSD, que foi enviado em 20 de novembro de 2019, em que o partido questionava sobre a dívida aos bombeiros da Madalena e se a SATA devia dinheiro a outras corporações na região.

“A dívida da SATA à Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários da Madalena (Pico) está a criar sérias dificuldades à vida daquela instituição e, segundo foi noticiado, ameaça colocar em risco o próprio pagamento dos salários dos bombeiros que dependem daquela instituição para ter um rendimento no fim de cada mês”, lê-se no documento remetido ao executivo em novembro.

A bancada social-democrata destacava, ainda, tratar-se “de uma empresa pública regional, pelo que as responsabilidades do Governo Regional dos Açores são inequívocas e diretas, exigindo-se que atue em conformidade com as suas responsabilidades”.

 

 

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