O grupo aéreo SATA, com sede e base operacional nos Açores, uma das duas regiões autónomas portuguesas, situada no Atlântico Norte, teve um prejuízo de 15,75 milhões de euros no exercício do ano passado, anunciou a própria empresa, após a aprovação do Relatório e Contas de 2013, que, segundo refere uma notícia da Lusa, foram “aprovados por unanimidade”.
“O grupo apresentou um resultado líquido negativo de 15,75 milhões de euros, com especial origem nas perdas da empresa SATA Internacional, 12,87 milhões de euros”, refere a empresa em comunicado, a propósito das assembleias-gerais que aprovaram as contas de 2013.
Ainda de acordo com a empresa, o grupo SATA, que integra as companhias aéreas SATA Air Açores e SATA Internacional, e que tem como accionista único o Governo Regional dos Açores, “teve uma receita em 2013 de 225,6 milhões de euros e custos de 241,3 milhões de euros”.
“Refira-se ainda, que se destes custos se expurgarem os efeitos excepcionais verificados em 2013, o grupo SATA teria tido custos de 233,6 milhões de euros, em linha com os desempenhos anteriores”, acrescenta, salientando que “tem condições para assegurar o equilíbrio da sua exploração, caso não seja afectado por factores externos, que impliquem de forma directa com a sua actividade”.
Os Relatórios e Contas relativos ao exercício de 2013 foram apresentados e “aprovados por unanimidade” nas assembleias-gerais das diversas sociedades que integram o grupo, que decorreram na quinta-feira.
A empresa refere que os resultados apresentados traduzem o desempenho do grupo ao longo daquele exercício, o qual foi “negativamente impactado por factores de diversas origens e que pela sua própria natureza são irrepetíveis”.
A empresa atribui assim os resultados à “retracção da actividade económica a nível nacional e internacional e o seu consequente impacto directo na procura de transporte aéreo”. Além disso, aponta ainda o “aumento dos custos previstos com o pessoal, por força das decisões do Tribunal Constitucional, perdas de contratos já celebrados, custos com irregularidades e quebra significativa de vendas, nomeadamente em períodos que correspondem a picos de operação, todas elas decorrentes da instabilidade laboral que afectou a empresa no primeiro semestre e reparações em aviões que não se encontravam previstas”.