Um helicóptero Robinson R44, prefixo PR-APN, caiu na noite do passado sábado, dia 24 de agosto, no Lago das Brisas, em Buriti Alegre, no Estado de Góias, na região central do Brasil, tendo morrido três dos quatro ocupantes que seguiam no aparelho.
Segundo a rede Globo o aparelho descolou da margem do lago, durante uma festa que estava a decorrer a bordo de um batelão ali fundeado, desde a tarde, e na qual, segundo o delegado responsável pela investigação, Ricardo Chueire, correu muito álcool.
O helicóptero tinha a documentação em dia, assim como o piloto Ricardo Magalhães Barros também estava certificado para este tipo de aparelho que pode voar de noite, mas não no local onde ele voou, como explicou o delegado à ‘Rede Globo’:
“A aeronave era homologada para fazer o VFR Noturno, que é o voo em condições visuais à noite e o piloto também. Porém, nós não tínhamos um aeródromo ou heliponto homologados ou balizados com iluminação. Ou seja, esse voo não poderia ter acontecido em hipótese alguma naquele local e hora”.
O delegado explicou ainda que existem vídeos feitos por pessoas que estavam num condomínio de férias próximo do local onde se desenrolou a festa e onde durante a tarde esteve pousado o helicóptero, que mostram o aparelho a fazer diversas manobras arriscadas horas antes do desastre que se deu à noite. “São manobras proibidas. Não se pode fazer aquilo”, observou o delegado.
A bordo seguiam o piloto e mais três mulheres. Morreram o piloto e duas das passageiras, uma advogada e uma funcionária pública, tendo a sobrevivente, uma estudante, prestado declarações ao delegado encarregado do processo policial. Ela confirmou que todos, incluindo o piloto, tinham ingerido muitas bebidas alcoólicas durante a tarde e falou também das manobras perigosas já referidas pelo delegado. Salvou-se porque aquando do impacto do helicóptero na água foi arremessada para fora doa aparelho e nadou até chegar uma embarcação que a recolheu.
O acidente verificou-se poucos segundos após a descolagem da praia do lago. O que seria uma viagem de recreio, mal pensada, é verdade, e com riscos acrescidos pelas circunstâncias atrás descritas, tornou-se numa tragédia.
Os destroços do aparelho já foram retirados do lago. Estavam a uma profundidade de cerca de oito metros e a cerca de 400 metros da margem do lago.
As autoridades civis e aeronáuticas (CENIPA) abriram inquéritos independentes sobre o acidente.
- A imagem foi obtida, ocasionalmente, por um popular que se encontrava na praia do lago, na tarde de sábado e foi distribuída pelo Corpo de Bombeiros de Buriti Alegre.