Um helicóptero, que se encontra integrado no sistema de combate a incêndios rurais em Portugal, caiu nesta sexta-feira, dia 30 de agosto, no rio Douro, entre Lamego e Peso da Régua, no norte de Portugal. A bordo seguiam cinco elementos da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro (UEPS) Guarda Nacional Republicana (GNR), além do piloto, que regressavam do combate a um fogo, no concelho de Baião.
O piloto foi resgatado com vida por uma embarcação de recreio que navegava no rio, tendo sido encaminhado para o hospital de Vila Real, onde foi avaliado por uma equipa médica. Foi operado a fracturas nos dois pés, encontrando-se fora de perigo de vida. Os cinco elementos da GNR, com idades compreendidas enre os 29 e os 45 anos, morreram no acidente. Quatro corpos foram recuperados na sexta-feira e o quinto foi resgatado das águas do Rio Douro na tarde deste sábado. os destroços do aparelho sinistrado, que se quebrou em duas partes, serão resgatados neste sábado, anunciaram as autoridades marítimas que supervisionam as operações.
O helicóptero que operava a partir do Centro de Meios Aéreos (CMA) de Armamar, distrito de Viseu, regressava à sua base levando a bordo os cinco dos elementos que tinham estado a trabalhar no combate ao fogo em Baião.
“Às 12h36 de hoje, 30 de agosto, enquanto participava nas operações de combate ao incêndio rural que lavra em Gestaçô, em Baião, o helicóptero ligeiro de combate a incêndio rurais, com o indicativo operacional H16, sofreu um acidente, obrigando à amaragem do meio aéreo no rio Douro, próximo da localidade de Samodães”, explicou a AENPC, que indicou que “foram de imediato enviados meios de socorro para o local”.
O alerta para o sinistro foi dado pelas 12h36, segundo fonte do Comando Sub-regional do Douro. As primeiras notícias indicavam a queda do helicóptero no rio entre Lamego, distrito de Viseu, e Peso da Régua, distrito de Vila Real, perto de uma unidade hoteleira no concelho de Lamego.
Testemunhas oculares da queda do helicóptero declararam aos repórteres de canais de televisão portugueses que o helicóptero caiu a pique na água do Rio Douro, próximo da margem e num local onde navegava, no momento, um barco rabelo adaptado para passeios turísticos.
O helicóptero acidentado, modelo Aerospatiale AS350B3 Écureuil, era operado pela empresa HTA Helicópteros, sediada em Loulé, no Algarve. Tinha o registo português CS-HGM.
Como é normal nestes casos o Gabinete de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) enviou para o local do sinistro uma equipa de técnicos que iniciou as investigações ao acidente.
O helicóptero era tripulado pelo piloto Luís Rebelo, de 44 anos de idade, com grande prática em fogos florestais e no aparelho que tripulava, com uma carreira de 15 anos, segundo noticiaram os canais de televisão portugueses. Os militares da GNR que seguiam na aeronave sinistrada eram todos naturais de Lamego (três). Moimenta da Beira e Castro Daire, localidades do distrito de Viseu.
O Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro ministro Luís Montenegro, a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, e o comandante-geral da GNR, Rui Veloso, deslocaram-se imediatamente ao local do acidente, onde puderam acompanhar o decorrer dos trabalhos de resgate no Rio Douro e manifestar o seu pesar e consternação pelo terrível desastre que envolveu seis homens que desde há muito trabalham no combate aos incêndios florestais, e contatar as famílias dos militares da GNR que pereceram no acidente, a quem manifestaram a sua solidariedade pessoal e do Estado Português.
O Governo Português decretou um dia de luto nacional, que foi observado neste sábado, dia 31 de agosto.
Notícia em desenvolvimento – Última atualização: 17h00 UTC de sábado, dia 31 de agosto.
A imagem de abertura é apenas ilustrativa, não estando relacionada com o acidente.