A Marinha do Brasil partiu no início do passado mês de outubro para a XXXIV Operação Antártica “Operantar” como parte do Programa Antártico Brasileiro, o “Proantar”, que tem como função fazer o planeamento e executar as atividades logísticas e científicas no continente com foco em questões ambientais.
Para cumprir atividades de patrulha, reconhecimento, busca, salvamento e transporte de suprimentos, tripulação e equipamentos, dois helicópteros ‘Esquilo’ biturbina da Marinha do Brasil foram recrutados para acompanhar o navio oceanográfico brasileiro “Ary Rongel” e o navio polar “Almirante Maximiano”, durante os seis meses de missão.
A corporação executa tarefas de apoio logístico aos Módulos Antárticos Emergenciais (MAE) da Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), além de contribuir com os estudos de universidades brasileiras nas áreas de Biologia, Geologia, Antropologia, Meteorologia, Oceanografia e Hidrografia, realizando coletas e observando o ecossistema do continente gelado.
As atividades na Antártica foram, inclusive, reconhecidas como prioridade pela Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM), no Congresso Nacional no âmbito do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2016. A comissão é formada por diversos órgãos e instituições responsáveis pela condução das atividades brasileiras na Antártica.
As pesquisas científicas e tecnológicas desenvolvidas no Polo procuram ampliar os estudos sobre os fenómenos naturais da região e como eles afetam o território nacional. Politicamente, a presença do navio brasileiro e dos seus helicópteros visa preservar o Tratado da Antártica, assinado pelo Brasil em maio de 1975.
Essa missão garante ao país o reconhecimento da comunidade antártica internacional e a participação ativa nas decisões tomadas em relação ao continente.