A South African Airways (SAA) está à beira da bancarrota, anuncia a imprensa económica sul-africana, que aponta para as grandes dificuldades económica-financeiras porque passa a empresa, num momento em que além de uma gigantesca dívida de mais de 1,4 mil milhões de dólares norte-americanos, a companhia comercial de bandeira da África do Sul, obteve uma recusa generalizada da banca para novos empréstimos.
A SAA está tecnicamente falida, dado que os seus ativos apenas valem cerca de 750 milhões de dólares. Na prática isso ainda é mais evidente, pois a companhia não produz receitas que possam cobrir os custos, nem o dinheiro que está a ser dispensado pelo Governo da República da África do Sul é suficiente para garantir a operação da empresa e os ordenados dos seus funcionários.
Fontes da SAA disseram à imprensa que a atual administração da empresa informou que está a tentar vender a unidade de catering – a Air Chefs – e a unidade de carga aérea – SAA Cargo.
Outro facto que em nada contribui para a boa saúde financeira do grupo aéreo sul-africano é a unidade de Manutenção e Engenharia, que não obstante ser a mais importante estação de reparação e manutenção de aeronaves (MRO) do continente africano, reportou no ano passado um prejuízo de 560 milhões de randes (cerca de 38,7 milhões de dólares norte-americanos).
A SAA tem presentemente uma frota constituída por 46 aeronaves, entre as quais 11 Airbus A330 e 16 Airbus A340, utilizadas nas suas linhas de longo curso.