Investigadores encontram na floresta peças do motor de um A220-300 da Swiss

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Foram encontradas na manhã desta quarta-feira, dia 6 de novembro, as primeiras peças que se desprenderam de um motor de um avião Airbus A220-300 da Swiss Air Lines, na sequência de uma avaria grave que levou à paragem do motor e à aterragem de emergência da aeronave em Paris.

O avião matrícula HB-JCM, viajava de Londres para Genebra, no passado dia 25 de julho deste ano, quando se verificou o incidente que obrigou os pilotos a desligarem o motor afetado e a solicitar uma aterragem de emergência na capital francesa.

Outros dois aviões do mesmo modelo da companhia suíça, em dias posteriores, o último dos quais no dia 15 de outubro, voltaram a sofrer anomalias nos motores – Pratt & Whitney PW1500G – em voo, forçando as empresas construtoras, do avião e dos motores, e as autoridades reguladoras da aviação no Canadá e na Suíça a ordenarem uma reverificação dos motores.

Esta medida foi depois adoptada pela Autoridade Federal de Aviação dos EUA (FAA) que recomendou também a revisão de todos os motores que estavam já instalados nos aviões A220, aparelhos que foram lançados pela canadiana Bombardier sob a designação CSeries. A linha de montagem foi adquirida em 2017 pela Airbus e as aeronaves passaram a designar-se A220.

Na sequência destes incidentes e porque se verificou a falta de componentes no primeiro dos motores avariados, a ‘BEA – Bureau d’Enquêtes et d’Analyses pour la Securité de l’Aviation Civile’ (entidade que em França investiga incidentes e acidentes aéreos, juntamente com o IGN (Instituto Nacional de Informação Geográfica e Florestal) de França, decidiram fazer uma busca numa zona florestal delimitada pelas comunas de Cry, Rougemont e Perrigny, que foi sobrevoada pelo A220-300 da Swiss Air Lines, que em 25 de julho perdeu as peças do motor. Juntaram-se 40 agentes do BEA, 85 do IGN e 65 voluntários que estão nesta quarta-feira a vasculhar a zona. Para já, com sucesso, pois encontraram as primeiras peças que se julga pertenceram ao motor do Airbus A220-300 de matrícula HB-JCM.

 

Fotos © BEA – Bureau d’Enquêtes et d’Analyses pour la Securité de l’Aviation Civile

O problema, que existe, mas cuja gravidade ou extensão, para já, se desconhece, está no lado da Pratt & Whitney, refere a imprensa internacional.

Na manhã desta quarta-feira, dia 6 de novembro, em Hong Kong (sul da China), durante a conferência internacional promovida pelo ‘Airfinance Journal’ para a área da Ásia e do Pacífico, o vice-diretor de marketing da Pratt & Whitney, Paul Finklestein, anunciou que já tinham sido revistos mais de metade dos motores montados e em serviço e que em nenhum, até agora, tinham sido encontrados sinais de fadiga.

Alguns engenheiros aeronáuticos indicam que o problema poderá estar no software que está a ser usado. Para já, sabe-se que a Airbus e a Pratt & Whitney se comprometeram a rever todo o sistema informático do avião, na parte que se relaciona com os motores durante o voo, e a apresentar uma nova versão no primeiro trimestre de 2020.

No Canadá, a Airbus e a autoridade nacional de aviação civil determinaram medidas de precaução, e anunciaram que os aviões equipados com esses motores só devem acelerar até 94 por cento da potência instalada e que não devem subir acima dos 29 mil pés (cerca de 8.800 metros) de altitude.

 

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