Iran Air precisa de cem aviões de transporte de passageiros – Airbus e Boeing na corrida

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O presidente e director-geral da Iran Air, Farhad Parvaresh, disse esta semana em Teerão que a sua companhia precisa, em princípio, de uma centena de novos aviões de passageiros para remodelar a sua frota.

“Na minha opinião, se as sanções ocidentais forem levantadas no sector da aviação, nós precisamos imediatamente de 100 aviões, divididos entre os de um único corredor (narrowbodies) e de dois corredores (widebodies)”, disse o responsável pela maior companhia de transporte comercial do Irão, que adiantou que as autoridades iranianas já se têm encontrado, nos últimos meses, com empresas construtoras que fornecem os equipamentos de que a companhia necessita.

A actual frota da Iran Air é constituída por 14 aviões Airbus A300, dois A310-300, seis A320-200, oito Boeing 747, 16 Fokker 100 e dois MD-82. Um total de cerca de meia centena de aviões activos, além de algumas dezenas de outros que se encontram avariados, sem possibilidades de serem arranjados dada a falta de peças e equipamentos, cuja aquisição está vedada por via das sanções internacionais impostas ao Irão, ainda em vigor.

As perspectivas de levantamento das sanções, logo que se comprove que o país abandonou os seus projectos nucleares, um processo que decorre bem, sob supervisão das Nações Unidas e com a boa vontade dos governantes de Teerão, abrem caminho para que a aviação comercial no país volte a ganhar dimensão. Ao mesmo tempo uma excelente oportunidade para as construtoras aeronáuticas que ali encontram um mercado, onde praticamente é necessário montar novas frotas, com uma dimensão muito interessante, em termos de negócio.

Farhad Parvaresh disse que as tendências da companhia apontam, no médio curso, para as gamas da Airbus nos A320, e da Boeing nos B737-800. Para os percursos mais longos, mas intermédios para países da Europa e do Médio Oriente e Ásia a Iran Air está apontando para os Airbus A330 e A350 e para os Boeing 777 e 787. No longo curso, para voos com mais de 10 horas de viagem as preferências dos iranianos vai para os aparelhos Boeing 747-8. A Iran Air tem sido, ao longo dos anos, uma utilizadora típica dos Jumbos da fábrica norte-americana.

O presidente da Iran Air disse estar confiante numa solução por parte dos países ocidentais quanto ao levantamento das sanções, mas deixou um sério aviso que, deve ter a cobertura do governo de Teerão: “Se a Boeing e a Airbus não nos derem respostas rápidas, seremos forçados a negociar com a Rússia e a China, embora não sejam essas as nossas opções. A companhia não pode parar e o transporte aéreo é uma necessidade urgente no Irão”.

Desde o ano passado que a Iran Air foi autorizada por Washington a importar determinadas peças e sobressalentes para aviões comerciais, numa abertura que pronuncia um ambiente propício à queda das sanções.

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