A LAM – Linhas Aéreas de Moçambique e a Fastjet assinaram nesta terça-feira, dia 20 de março, um Memorando de Entendimento visando uma cooperação a longo prazo.
A cerimónia de assinatura do memorando decorreu na sede da LAM, na cidade de Maputo, com a presença de responsáveis pelas duas companhias aéreas africanas.
A assinatura do documento culmina um período de negociações entre as duas empresas aéreas, que têm por objetivo uma ampla cooperação em diversas áreas de serviços, “visando melhorar significativamente a aviação comercial no país”, destaca um comunicado distribuído pela LAM na capital moçambicana.
O memorando irá abranger diferentes parcerias como é o caso de code-share (partilha de códigos de voos), acordos de exploração de rotas entre as duas operadoras, optimização das sinergias nas operações de voos para destinos comuns e complementares, bem como a cooperação em outras actividades comerciais, carga, engenharia e manutenção.
António Pinto, presidente da Comissão Executiva da LAM, comentou que “as áreas de cooperação não só fortalecerão ainda mais a companhia de bandeira de Moçambique como um provedor de serviços aéreos, como também contribuirão significativamente para iniciativas que promovam o turismo, o desenvolvimento económico e o comércio”.
“Esta parceria é uma iniciativa inovadora na perspectiva de estimular o tráfego aéreo no mercado doméstico e regional”, acrescentou o responsável máximo pela LAM. “Não só apoia os maiores objectivos de crescimento económico de Moçambique, em termos de circulação eficiente e acessível de pessoas e bens, mas também a noção de uma estratégia a longo prazo no concernente ao desempenho da Aviação Comercial”.
“Moçambique faz parte dos primeiros signatários dos acordos de Yamoussoukro e foi um dos primeiros países a adoptá-lo no continente”, recordou António Pinto.
“Esta abordagem de cooperação comercial é a primeira deste tipo no continente africano”, disse o presidente executivo da Fastjet, Nico Bezuidenhout.
“Há uma oportunidade significativa ao estimular não só a aviação comercial, mas também o crescimento económico a montante e a jusante através de iniciativas fundamentais de cooperação”, assegurou Nico Bezuidenhout, que garante que “a Fastjet está empenhada em explorar e alavancar o acordo para o melhor benefício de ambas as empresas e, em última instância, do povo de Moçambique”.
A Fastejet foi criada em 2012 na Tanzânia por iniciativa de um um grupo britânico com interesses económico no continente africano, o Lonrho, e o investidor Stelios Haji-Ioannou, herdeiro de um magnata grego-cipriota, que tem nacionalidade britânica e que teve a iniciativa de criar há alguns anos o Easy Group, dono maioritário da companhia europeia de baixo custo EasyJet.
Criada primeiro para servir países da África Oriental, a Fastjet reorientou a sua atividade para o sul do continente. Hoje tem sede em Joanesburgo e a maioria do seu capital pertence ao grupo sul-africano Solenta Aviation. A Fastjet tomou um novo ânimo, em 2016, quando Nico Bezuidenhout, até então presidente executivo da companhia aérea de baixo custo sul-africana Mango, uma subsidiária da South African Airways (SAA), assumiu a liderança da empresa.
A 3 de novembro do ano passado, na sequência de uma decisão do Governo de Moçambique, a Fasjet realiza voos domésticos neste país de língua oficial portuguesa. Voando com uma licença da Solenta Aviation Mozambique liga o aeroporto de Maputo às cidades da Beira, Nampula e Tete.
A Fastjet tem uma frota de cinco aviões Embraer, sendo dois E190 e três E145. Tem bases operacionais em cinco países (África do Sul, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabué, além de Moçambique) e voa para 13 destinos.
- Foto © LAM – Linhas Aéreas de Moçambique