O diretor-geral da LAM – Linhas Aéreas de Moçambique reconhece ser difícil fazer o saneamento das dívidas da empresa, avaliadas em cerca de 230 milhões de dólares norte-americanos.
No entanto, João Carlos Pó Jorge diz estar optimista e revelou à emissão em português da Rádio Voz da América que a empresa conseguiu um contrato com uma das grandes companhias petrolíferas a operar no norte do país, que vai ser como um “balão de oxigénio” para a LAM já a partir de Maio, quando a companhia começar a transportar trabalhadores da multinacional para diversos destinos.
A dívida, em alguns casos, como por exemplo à gasolineira BP, impede a companhia de bandeira nacional de realizar operações com normalidade. Contudo, é a dívida à banca que mais preocupa a empresa, segundo Pó Jorge.
Embora a LAM esteja a pagar essa dívida, ela impede a companhia de fazer grandes investimentos, como, por exemplo, “adquirir novos aviões”.
O diretor-geral da companhia moçambicana espera que a situação comece a mudar a partir de Maio, quando a LAM começar a transportar trabalhadores de uma multinacional com a qual a companhia chegou a acordo e que pode ascender a 27 mil passageiros.
João Carlos Pó Jorge diz que não vai ser necessário contratar mais pessoal, mas sim levar mais aviões para Moçambique, o que será feito através de aluguer.
O diretor-geral da LAM acredita que, a partir de 2023, a empresa terá uma “situação financeira mais saudável e robusta”.
João Carlos Pó Jorge tem o sonho de fazer com que a companhia retome rotas que já fazia, no passado, para a Europa, como Itália, Espanha e Portugal, consideradas muito atrativas.
- Texto publicado na edição online da Rádio Voz da América