LAM trabalha na recuperação da rota regular entre Maputo e Lisboa

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A LAM – Linhas Aéreas de Moçambique está a reunir as condições necessárias para a obtenção de licenças que permitam retomar os voos regulares entre a capital do País, Maputo, e Lisboa, confirmou nesta terça-feira, dia 29 de agosto, a empresa sul-africana Fly Modern Ark (FMA), que desde abril deste ano é responsável pela estratégia de recuperação da transportadora aérea de bandeira moçambicana.

Sérgio Matos, representante da FMA, disse, em conferência de imprensa, em Maputo, que a LAM está empenhada em obter as devidas autorizações para utilizar o Aeroporto Humberto Delgado, na capital portuguesa, e respetivos horários de gestão de slots.

“A LAM parou de voar para Lisboa em 2012 e, de lá para cá, não fez nenhuma outra atualização das suas licenças, tendo perdido todas as licenças”, afirmou Sérgio Matos.

A transportadora previa retomar o trajeto entre as capitais moçambicana e portuguesa este mês, mas a operação foi adiada, devido à necessidade de obter as devidas autorizações.

A LAM também está em processo de regularização de dívidas inerentes ao tempo em que voava para Lisboa, até suspender a operação há 11 anos, disse Sérgio Matos.

A reativação da rota Maputo-Lisboa faz parte da estratégia de internacionalização da operação da LAM, no âmbito da recuperação da empresa.

Em maio passado, Sérgio Matos declarou, em conferência de imprensa, que o plano de salvamento da transportadora de bandeira moçambicana também passa por explorar novos destinos internacionais, citando a necessidade de abrir novas rotas para o Brasil, Índia, Dubai e China.

No âmbito do plano de recuperação, a LAM inaugurou este ano as rotas Maputo-Lusaca, Joanesburgo-Vilankulo e Joanesburgo-Beira, bem como trajetos interprovinciais.

Sérgio Matos disse que a LAM reduziu a sua dívida em 57 milhões de euros, desde abril, e continua em recuperação.

Quando a FMA assumiu a gestão da companhia aérea estatal em abril, a LAM tinha uma dívida estimada em cerca de 300 milhões de dólares (277,7 milhões de euros), de acordo com dados fornecidos na altura.

A estratégia de revitalização da empresa segue-se a anos de problemas operacionais relacionados com uma frota reduzida e falta de investimentos, com registo de alguns incidentes, não fatais, associados por especialistas à ineficiente manutenção das aeronaves.

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