LATAM continua no vermelho – Queda do real tem sido determinante

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Enrique Cueto, presidente executivo do grupo de aviação comercial da América Latina LATAM Airlines, no qual se integra a companhia brasileira TAM Linhas Aéreas, confirma que os resultados financeiros baixaram este ano e que demorará entre dois a três anos para a LATAM arrancar de acordo com as previsões que estavam no pressuposto da sua fundação.

Em entrevista ao jornal colombiano ‘El Mercurio’ publicada no domingo, dia 26 de Julho, Enrique Cueto, disse esperar uma melhoria importante nos próximos três anos, tempo que considera suficiente para a economia da América Latina recuperar de uma fase menos boa porque está a passar presentemente.

Contudo, o executivo garantiu que desde que se verificou a união entre as duas companhias, do Chile e do Brasil, em 2012, os resultados melhoraram, houve recuperação e menos custos determinados pelas poupanças que essa fusão permitiu, mas os resultados continuam ainda em terreno negativo. No primeiro trimestre deste ano, a LATAM perdeu 40 milhões de dólares, em grande parte devido à desvalorização da moeda brasileira.

“Hoje o problema da LATAM é a economia da região e não problemas que tenham a ver com o funcionamento da TAM, por exemplo, esclarece Henrique Cueto que respondeu de forma bastante direta à questão: “Quando iniciámos o processo de integração da TAM com a LAN tínhamos um Brasil que crescia a uma média de 5,5% e hoje temos um Brasil que cai a 2% ao ano”. E não é só o Brasil, adianta o presidente da LATAM, já que aponta o dedo a outros países da América Latina, cujas economias têm registado fracos desempenhos nos últimos meses.

O Grupo LATAM Airlines está a desenvolver um plano de cortes de custos que prevê até 2020 poupar cerca de 800 milhões de dólares. O grupo congrega diversas companhias aéreas na Argentina, Brasil, Chile, Colombia, Equador, Paraguai e Perú. As duas mais importantes são a LAN Chile e a TAM Linhas Aéreas, esta de bandeira brasileira. A sede do consórcio está na cidade de Santiago do Chile.

No decorrer das últimas semanas tem sido notícia recorrente o fato da TAM, em nome do grupo, estar a liderar o processo de criação de um hub da LATAM Airlines num aeroporto do Nordeste Brasileiro. Concorrem, entre si, os Aeroportos de Fortaleza, Natal e Recife, em processos que têm registado grande envolvimento das autoridades estaduais que pretendem ganhar a preferência da companhia aérea para esse entreposto de tráfego aéreo, de passageiros e de carga, entre a América Latina, a Europa e a América do Norte, e que irá deixar importantes receitas e criar milhares de postos de trabalho no local que foi escolhido.

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