A TAAG – Linhas Aéreas de Angola reconhece que os frequentes cancelamentos de viagens nas rotas domésticas, desde 2017, têm a ver com a “indisponibilidade de aeronaves”. Isso obriga a consecutivos reajustes na rede de voos da companhia nacional angolana, a mais importante deste país africano de língua oficial portuguesa.
“Muitas vezes acontecem avarias que colocam uma aeronave no chão por mais tempo do que o esperado. Então isso causa algum impacto na operação, forçando ao cancelamento, atraso ou adiamento de voos para outros dias”, disse o presidente da Comissão Executiva da companhia, Rui Carreira, em entrevista à agência nacional de notícias ‘Angop’, divulgada nesta terça-feira, dia 12 de março.
De acordo com o responsável, a companhia nacional de bandeira é uma empresa pequena, que dispõe neste momento de 13 aviões, tendo já vivido épocas de muitos apertos, pelo que não se deve dar ao luxo de ter aeronaves de reserva, à espera que um avaria para repor o equipamento.
“Temos de fazer um emprego total da nossa frota, porque quando acontece uma irregularidade grave numa aeronave, cria logo um forte constrangimento na nossa programação. Aquelas companhias que têm 60 a 80 aviões, como a Emirates, têm muito mais margem de manobras” reconheceu.
O presidente da Comissão Executiva da TAAG adiantou que “essas irregularidades vão continuar a acontecer muito mais vezes, e temos consciência, mas estamos todos a lutar para que a empresa cumpra com as suas obrigações em plenitude”.
Rui Carreira acrescentou que um dos elementos importantes da performance operacional da companhia é a fiabilidade dos aviões, com níveis muito altos, principalmente nas frotas modernas, que, a partir deste ano, começa a ser renovada com novos Boeing e Q400 da Bombardier.