Lufthansa e Egyptair ajudam na recuperação da Sudan Airways

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A Sudan Airways, companhia nacional do Sudão, na África Oriental, é uma das mais antigas companhias aéreas do continente e está à beira do colapso, por motivos vários, mas a que não é estranho o ambiente de guerra civil que tem envolvido o país nas últimas décadas.

Depois do acordo com os grupos beligerantes há cerca de cinco anos, as autoridades do Sudão estão a tentar recuperar o tecido económico nacional, uma missão muito pouco facilitada, face ao embargo económico imposto pelos Estados Unidos da América entre 1997 e outubro de 2020.

As últimas notícias quanto ao renascimento da aviação comercial nacional referem que o governo de Cartum está a negociar o apoio do Grupo Lufthansa. O canal norte-americano ‘Bloomberg’ referiu há poucos dias que estão em curso conversações entre as autoridades sudanesas e a ‘Lufthansa Consulting’, uma subsidiária do grupo de aviação comercial europeu.

Gibril Ibrahim, ministro das Finanças sudanês, adiantou que a constituição de “uma empresa conjunta pode ajudar a reestruturar a Sudan Airways para que esta possa ser competitiva”.

Antes do recurso à Lufthansa, o governo sudanês tinha iniciado negociações com os fabricantes Airbus e Boeing, com vista a reforçar a frota da sua companhia aérea nacional. Entretanto, foi assinado em 15 de abril passado, um acordo com a Egyptair, segunda maior companhia aérea africana, também no contexto do renascimento transportadora aérea sudanesa, que prevê a reestruturação, apoio técnico e a formação de pessoal.

As oportunidades de recuperação e crescimento da empresa sudanesa foram minadas por vários factores, incluindo o embargo económico americano até outubro passado, a forte desvalorização da moeda nacional, a queda dos preços do petróleo e a gestão pouco ortodoxa dos ativos da empresa, para além do impacto da crise sanitária global.

Criada há 75 anos, a Sudan Airways é hoje uma sombra do seu passado. A empresa opera agora apenas um avião com 14 anos de serviço – Airbus A320-200, matrícula ST-MKW – que liga Cartum a Port Sudan, bem como a Juba, no Sudão do Sul, e ao Cairo, no Egito. O resto da sua frota de 25 anos (cinco aviões) continua imobilizada devido à falta de manutenção.

 

  • Foto de abertura ©Michel Gilliand_Wikimedia

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