Os pilotos da Lufthansa vão manter-se em greve até ao sábado, dia 26 de novembro. A decisão foi tomada pelo sindicato ‘Vereinigung Cockpit’, que mantém um braço de ferro com a companhia aérea alemã à qual os pilotos reclamam um aumento médio salarial de 3,66% pelos últimos cinco anos, período de tempo em que os seus salários não foram alterados.
O sindicato começou por marcar uma greve aos voos de e para a Alemanha para a passada quarta-feira, dia 23 de novembro, e que depois prolongou para quinta e sexta-feiras, dias 24 e 25, e voltou a estender a paralisação para sábado, desta vez direcionada apenas aos voos de longo curso.
A Lufthansa afirma que a greve provocou o cancelamento de 2.618 voos, de todas as suas operações de e para a Alemanha entre a passada quarta-feira e esta sexta-feira, dia em que a previsão é de 830 cancelamentos. A companhia aérea estima que mais de 315 mil pessoas tenham sido afectadas pelos cancelamentos de voos. Segundo o jornal ‘Bild’, a greve está a custar à Lufthansa cerca de 10 milhões de euros por dia.
Esta é a 14.ª greve dos pilotos da Lufthansa desde a primavera de 2014. O diferendo entre a administração da empresa e o sindicato deve-se a um impasse nas negociações salariais.
“Nós pagamos aos pilotos significativamente mais do que a concorrência. Somos responsáveis por mais de 120.000 empregados e queremos que a Lufthansa tenha um futuro”, defendeu na quinta-feira, Harry Hohmeister, um dos administradores da empresa, considerando “impossível” aceitar as reivindicações salariais do sindicato ‘Vereinigung Cockpit’.
A administração da Lufthansa revelou que um copiloto em início de carreira ganha 6.550 euros brutos por mês, enquanto um comandante em fim de carreira tem um vencimento superior a 22.000 euros.