O presidente da Lufthansa, Carsten Spohr, tem uma viagem marcada para a próxima semana para o Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, onde vai discutir com o Grupo Etihad a compra da Air Berlin, anuncia na manhã desta quarta-feira, dia 3 de maio, o jornal espanhol de temas económicos ‘El Economista’.
O interesse do grupo aéreo alemão surge depois do grupo árabe ter manifestado interesse em desfazer-se da participação de 29,2% que detém na Air Berlin, uma companhia aérea de bandeira alemã, presentemente numa situação económico-financeira muito difícil e, praticamente, à beira da bancarrota.
A faturação da Air Berlin continua em queda, segundo o jornal alemão, que recorda que a companhia teve em 2016 um prejuízo recorde de 782 milhões de euros, mais 75% do que no ano anterior.
Considerada ainda a segunda maior companhia aérea da Alemanha, a Air Berlin tem se mantido em operação, dadas as contínuas injeções de capital da Etihad, sua maior acionista.
O Grupo Lufthansa alugou este ano 40 aviões da Air Berlin, um contrato que inclui também pilotos e pessoal de cabina. Estas aeronaves estão a voar nas frotas da Eurowings e da Austrian. Um negócio que rentabilizou parte da frota da Air Berlin, mas mesmo assim insuficiente para colmatar os enormes prejuízos da companhia, cujo segmento de operação (voos charters e ponto a ponto com turistas, além de algumas tentativas no baixo custo) conta hoje com inúmeros competidores, que estão no mercado com menos custos, casos da Ryanair e da EasyJet, em toda a Europa, e mais recentemente da Eurowings, empresa criada pela Lufthansa para voos de baixo custo, nomeadamente para destinos turísticos, à partida de aeroportos alemães.