A TAAG Linhas Aéreas de Angola deverá suspender os voos entre Luanda e Praia, em Cabo Verde, caso não receba incentivos ou subsídios para manter a rota que é deficitária, afirmou Peter Hill, presidente executivo da companhia aérea de Angola.
Peter Hill, um cidadão britânico que foi nomeado pela Emirates, com quem o Governo de Luanda tem um contrato de gestão da companhia aérea nacional, disse ao jornal angolano ‘Valor Económico’ que a ligação a Cabo Verde é uma das rotas menos rentáveis operadas pela TAAG, “custando à companhia 2,5 milhões de dólares por ano para transportar uma média de apenas 20 pessoas por voo, luxo a que não nos podemos dar.”
O gestor disse ainda que uma decisão final dependerá do governo angolano, que poderá manifestar interesse na manutenção da ligação entre Luanda e a Cidade da Praia e estar preparado para subsidiá-la.
Hill adiantou que o governo de Cabo Verde também tem uma palavra a dizer sobre o assunto, que poderá passar pela redução das taxas de aterragem ou dos custos associados com combustíveis.
“Caso seja possível chegar a um entendimento sobre estas questões vamos assegurar a ligação enquanto serviço público”, disse o gestor da TAAG, que recordou que a companhia que gere “tem de ganhar dinheiro.”
A companhia aérea de Angola é gerida por uma equipa nomeada pela Emirates, ao abrigo de um acordo de cooperação assinado com o governo de Angola em 2014.