O mais recente avião comercial construído na Rússia, o MC-21-300, concluiu com sucesso, no domingo, dia 28 de maio, o seu primeiro voo, com partida e chegada ao aeródromo da fábrica, em Irkutsk.
O tempo de voo foi de 30 minutos, durante o qual a aeronave ascendeu à altitude máxima de 1000 metros, cerca de 3280 pés, à velocidade de 300 km/h, adianta a Irkut Corporation, em comunicado.
Durante o voo, os pilotos de teste analisaram a estabilidade, os motores e o controlo de voo da aeronave. No programa do primeiro voo foi também executado uma manobra simulada de aproximação para pouso seguido de um voo sobre a pista.
O MC-21-300 foi operado pelo comandante Oleg Kononenko e pelo copiloto Roman Taskayev. “Missão de voo cumprida. O voo foi normal. Não houve obstáculos que impedissem a continuação dos testes”, disse Oleg Kononenko. Já Roman Taskayev, piloto de testes, referiu que: “As características e modos operacionais dos motores foram confirmados, e que todos os sistemas da aeronave operaram sem falhas”, observou.
Os clientes do MC-21 terão duas opções de motorização: Pratt & Whitney PW1400G, fabricados nos Estados Unidos ou motores de fabrico russo PD-14. Estes últimos deverão ser certificados em 2018.
O MC-21 é a última geração de aeronaves comerciais russa, e tem capacidade para transportar até 211 passageiros, com uma autonomia de até seis mil quilómetros.
De acordo com o fabricante, a aeronave terá uma redução no custo por assento em cerca de 12 a 15 por cento quando comparado com os concorrentes.
O programa do MC-21 foi lançado em 2007 e é liderado pela Irkut, uma subsidiária da United Aircraft Corporation da Rússia. O protótipo foi lançado em junho de 2016 e o modelo deverá estar certificado em 2018, com o certificado EASA a ser obtido um ano mais tarde.
Atualmente, a Ikurt conta com 175 encomendas do MC-21, para companhias aéreas como a Aeroflot e UTAir, além de outras companhias de leasing.
Yuri Slyusar, presidente executivo da United Aircraft Corporation, considera que o novo avião, que agora entra em período de testes, poderá vender 15.000 unidades nos próximos 20 anos. Uma previsão muito otimista, considerando o mercado e a concorrência existente, não obstante o facto de se prever uma grande expansão das companhias russas e asiáticas, onde o novo modelo de avião de transporte de passageiros para médio curso poderá ter maior procura.
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