Ministro considera que a TAP tem sido mal gerida desde antes da pandemia

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O ministro das Infraestruturas e da Habitação de Portugal, Pedro Nuno Santos (na imagem de abertura), considera que a companhia aérea TAP já não estava a ser bem gerida antes dos efeitos da covid-19. Por isso, o Governo vai optar pela solução que melhor defender o povo português, para salvar a empresa e mantê-la em funcionamento, logo que sejam levantadas as restrições às viagens, devido à pandemia de covid-19, disse o governante nesta terça-feira, dia 29 de abril, numa comissão parlamentar, em Lisboa.

“Não é por eu ser ministro que vou passar a dizer que a empresa foi bem gerida. Eu faço uma apreciação já negativa dos resultados que a nossa empresa TAP já vinha a apresentar antes da covid-19. Eu acho que a empresa TAP, já antes da covid-19, não estava bem, que a empresa não estava a ser bem gerida antes da covid-19, pronto está dito aquilo que eu acho”, afirmou o ministro. “O Governo optará pela solução para a TAP que melhor defender “o povo português e a economia do país”, acentuou.

O governante falava na comissão parlamentar de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, no âmbito de uma audição regimental, e respondia a uma questão do deputado do CDS-PP João Gonçalves Pereira sobre o futuro da companhia aérea e uma possível nacionalização, à qual o partido se opõe.

“O senhor deputado está a dizer que um empréstimo de 350 milhões de euros, um empréstimo do povo português, vai resolver os problemas da TAP. E se a empresa não puder pagar, o empréstimo é de quem? Eu digo-lhe, eu vou-lhe dizer: é o povo português que paga, percebe? E se é o povo português que paga, é bom que seja o povo português a mandar”, respondeu o ministro, exaltado.

Sublinhando que o Governo está a avaliar todas as propostas de solução para o problema da TAP, Pedro Nuno Santos disse não excluir qualquer uma delas, incluindo uma nacionalização.

“Se nós [Estado] injetarmos centenas de milhões de euros na TAP, o que é que acha que acontece à relação societária, se o privado não acompanha? Não vamos aqui com rodriguinhos! O Estado mete lá dinheiro, metemos um cêntimo, o privado não mete lá nenhum, o que é que acontece? O Estado fica com papel maioritário”, respondeu o ministro.

O ministro com a pasta das infraestruturas lembrou ainda que a TAP é uma empresa com 800 milhões de euros de dívida e, por isso, considera que um empréstimo de 350 milhões pedido pelos privados que fazem parte da Comissão Executiva da transportadora não resolve os problemas da empresa.

Os “350 milhões de euros não resolvem os problemas da TAP. O privado que diga lá a verdade toda de quanto precisa até ao final do ano”, defendeu Pedro Nuno Santos, que acusou o CDS de estar a defender a proposta do privado, na questão da TAP.

Se o Estado não tivesse participação na empresa, hoje já “nem tínhamos aviões, nem tínhamos nada”, acrescentou.

 

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