O ministro da Economia de Portugal esclareceu nesta quarta-feira, dia 13 de Maio, que não falou em despedimentos quando considerou necessário um plano de reajustamento da TAP e aguarda agora pela apresentação de um plano de contenção de custos e um comercial a apresentar pela administração da transportadora.
“Não falei em despedimentos. Esta greve apesar de não ter sido bem-sucedida custou 35 milhões de euros à TAP, mais dívida […].Pedimos à administração da TAP que nos apresente um plano de contenção de custos e um plano comercial que permita, com este défice de 35 milhões de euros, manter a sua atividade e não afetar a vida dos trabalhadores”, disse António Pires de Lima, à margem da conferência comemorativa do 80.º Aniversário da ICC – Câmara de Comércio Internacional, que decorre em Lisboa.
O governante justificou “que este esforço teve de ser pedido”, porque a TAP já estava numa situação financeira bastante tensa e encontra-se agora “numa linha muito fina do ponto de vista de tesouraria (…) com este custo adicional de 35 milhões de euros”, causado pela greve de dez dias de alguns pilotos.
Ao ser questionado de novo sobre a eventualidade de haver despedimentos na transportadora aérea, Pires de Lima respondeu: “Vamos esperar por aquilo que será o plano da administração, o que é preciso é preservar tesouraria dentro daquilo que é possível dentro da TAP, durante os próximos meses, para que não haja nenhum tipo de rutura, nomeadamente nos compromissos que estão assumidos com as pessoas”.
Pires de Lima deixou ainda novas palavras ao Sindicato dos Pilotos de Aviação Civil, considerando “verdadeiramente lamentável” que sob uma “tesouraria já de si delicada” se tenha acrescentado este problema de 35 milhões de euros e “mais deplorável ainda que esta direção sindical se vanglorie de ter criado este prejuízo”.
“É estar realmente a brincar com o fogo”, frisou.
Durante a sua intervenção na conferência, o ministro da Economia adiantou que “nas próximas semanas” serão conhecidas “mais notícias de investidores internacionais relevantes que vão dar nota dos seus investimentos em Portugal”.