Mirage F1 abatido na Guerra da Líbia – Piloto salvou-se e diz ser português

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A Força Aérea Portuguesa (FAP) esclareceu nesta terça-feira, dia 7 de maio, que, actualmente, Portugal não tem meios nem militares na ‘Operação Sophia’, da União Europeia, e que também não tem aeronaves como a que foi abatida na Líbia.

“A Força Aérea não tem nenhum meio na Operação Sophia”, disse à agência de notícias ‘Lusa’ o porta-voz daquele ramo das Forças Armadas, acrescentando que Portugal também não possui “aquele tipo de avião”.

O canal ‘Al Arabiya’ divulgou uma informação segundo a qual o Exército Nacional Líbio (ENL) tinha afirmado, em comunicado, que um avião abatido no sul de Tripoli pertencia à ‘Operação Sophia’, da União Europeia, e garantido que devolveria imediatamente o piloto, que diz ser de origem portuguesa.

Apontando que alguma da informação sobre este caso que tem sido divulgada “não faz sentido”, o porta-voz indicou que a FAP apontou também que “não tem ninguém” naquela missão, cujo objectivo é a identificação, captura e eliminação de navios usados ou suspeitos de serem usados para o tráfico de migrantes no Mediterrâneo.

Também o Ministério da Defesa Nacional, através de fonte oficial, tinha já adiantado à ‘Lusa’ que “não há nenhum militar português ao serviço da Força Aérea na operação Sophia”.

O ENL divulgou imagens do piloto, que parece ferido, e numa dessas fotografias pode ver-se o comandante das operações militares do ENL na região oeste, general Abdessalem al-Hassi, noticiou a agência ‘France Press’ (AFP).

Num vídeo do suposto piloto, um dos combatentes do ENL pergunta-lhe em inglês se é militar e ele responde: “Não. Sou um civil”. Respondeu ainda que se chamava Jimmy Reis, que é português e que tem 29 anos de idade.

A Líbia tem sido vítima do caos e da guerra civil desde que, em 2011, a comunidade internacional contribuiu militarmente para a vitória dos diferentes grupos rebeldes sobre a ditadura de Muammar Khadafi (entre 1969 e 2011).

Os combates opõem as forças do Governo de Acordo Nacional, reconhecido pela comunidade internacional, ao Exército Nacional Líbio proclamado pelo marechal Haftar, homem forte do leste líbio que ordenou, em 4 de abril, a conquista da capital, Tripoli.

Segundo as Nações Unidas, os confrontos já causaram pelo menos 432 mortos, 2.069 feridos e mais de 55 mil deslocados.

Os dois lados acusam-se mutuamente de recorrer a mercenários estrangeiros e de beneficiar do apoio militar de potências estrangeiras.

 

Outras notícias divulgadas por agências de notícias internacionais indicam que o Exército Nacional, controlado pelo marechal Khalifa Haftar, designado como um dos “senhores da guerra” na Líbia, derrubou um avião militar leal ao Governo de Trípoli do Acordo Nacional (GNA) liderado por Fayez al-Sarraj.

O avião foi abatido na área de Al-Hir, ao sul de Tripoli. As forças do LNA já destruíram aeronaves GNA, bem como aviões pertencentes ao grupo aliado. O piloto, um “mercenário português” pilotando uma aeronave Mirage F1, foi capturado por forças do LNA, segundo relatos.

O incidente acontece um dia depois que o marechal Khalifa Haftar ordenou que as forças do ENL (LNA, siglas em inglês) perseguissem e destruíssem as tropas inimigas.

Ambos os exércitos têm ao seu serviço pilotos estrangeiros, que desempenham missões como mercenários. Não ficou esclarecido, por agora, em que lado estaria a voar o piloto do avião abatido, que se diz português.

 

  • Notícia atualizada às 18h15 UTC
  • A imagem que publicamos na abertura desta notícia é meramente ilustrativa e mostra dois aviões Mirage F1 da Força Aérea Francesa

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